No inverno gelado russo,
que encontra o seu expoente máximo na Sibéria, é comum os animais de estimação,
na sua maioria cães e gatos, perderem patas, orelhas e caudas ao serem
congeladas. Também os humanos correm esse risco se não cobrirem as orelhas e
baterem subitamente com elas em algo duro e imprevisto (o mesmo pode acontecer com o nariz).
Dymka, uma bonita gatinha
cinzenta, cujo nome significa “névoa” em russo”, foi encontrada sem patas e sem
cauda e, caso não fosse resgatada acidentalmente por uma mulher, que a levou a
uma clínica veterinária na cidade de Novosibirsk, já teria desaparecido há sete
meses atrás.
Adianta-se a título de
curiosidade, que Novosibirsk capital da província homónima na Sibéria,
localizada nas margens do Rio Ob, tem cerca de 1.500.000 habitantes, é a maior
cidade da Sibéria e a terceira maior da Rússia, logo atrás de Moscovo e São
Petersburgo.
Voltando à história da Dymka.
Elementos da clínica veterinária que a recebeu, em conjunto com especialistas
da Universidade de Tomsk, usaram uma impressora 3D para produzir próteses de
titânio prà gatinha. A operação foi bem-sucedida e agora o simpático animal
pode correr, brincar e subir escadas, como anunciou a atrás citada Universidade
na passada Quarta-feira.
Julga-se que esta gata é o
segundo gato no mundo a usar próteses nas quatro patas e vive agora em casa de
quem a encontrou e resgatou. O congelamento da extremidade dos membros nos
animais da Sibéria é um problema bem real, que não raramente leva à morte de
muitos deles. “Dymka”, doravante, passou a ser nome de sobrevivente, mas a
verdadeira heroína da história foi a senhora que a resgatou, quando podia ter
virado a cara para o lado. Infelizmente nem o seu nome sabemos, o que não deixa
de ser profundamente ingrato. Não obstante, o avanço científico russo é de
louvar face ao socorro dos animais.
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