No passado Sábado, pouco passava
das 23h30, lavrou um violento incêndio na aldeia de Prénessaye nos arredores da
cidade francesa de Loudéac, Côtes-d’Armor, na Bretanha, que destruiu por completo
duas vivendas geminadas.
Quando os sapadores
bombeiros chegaram ao local, o único ocupante das habitações e seu proprietário
já havia saído ileso. De acordo com o “Le Télégramme”, jornal regional da
Bretanha com sede em Morlaix (Finistère), o septuagenário foi alertado pelo
ladrar incomum do seu cão.
Ao longo da nossa
existência muito temos insistido com aqueles que vivem em vivendas ou quintas e
que são proprietários de dois ou mais cães, para que levem um deles para dentro
de casa em abono da sua segurança, serviço geralmente destinado a uma cadela,
por não marcar território, ser menos rústica, ter menor autonomia, parco
impulso à luta e sentir-se mais cómoda dentro de casa, funcionando como alarme
quando há de algo errado e como última defesa do reduto familiar, um animal que
ao não ser visto é difícil de eliminar e que poderá possibilitar a defesa
atempada de pessoas e bens, mesmo depois da eliminação dos valentes cães no
exterior. Esta responsabilidade poderá ser também delegada a um cão de pequeno
porte ou ao cão menos seguro de uma matilha, porque naturalmente dorme menos e
ao lado dos donos sente-se mais confiante, o que também é óptimo para a
recuperação do seu bem-estar.
A utilidade da presença de
um cão dentro de caça, conforme podemos compreender pela notícia que introduz
este artigo, não se resume apenas à defesa física de pessoas e bens contra
intrusos, vai muito para além disso, já que os cães avisam e sinalizam qualquer
ocorrência dentro e fora do lar que possa pôr em risco a vida dos seus moradores
(incêndios, fugas de gás, torneiras a deitar água, portas abertas, necessidade
de socorro de algum familiar doente, inconsciente ou ferido, também sismos, vendavais, temporais e trovoadas).
É verdade, não é muito
asseado ter um cão dentro de casa, porque poderá haver pêlos por todos os
lados, mesmo nos mais impensáveis, cheiros incomodativos, algum desalinho e
incómodo, mas nada que uma boa escovadela canina diária não resolva e um
aspirador não solucione, isto se o cão tiver livre acesso ao exterior e estiver bem-educado.
Não estamos aqui para mentir – um cão dentro de casa dá muito trabalho, mas
nada que não consigamos ultrapassar. Estranhamente, já várias vezes tenho
reparado, que as casas de gente com cães não são as mais emporcalhadas. Será
porque os cães vivem lá dentro? Não valerá a sua segurança tal trabalheira? Eu
nem duvido!
Sem comentários:
Enviar um comentário