quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

ALEMÃES COM CÃES PARA A DINAMARCA? NEM PENSAR!

Como a Dinamarca tem uma das leis europeias mais duras relativas aos cães perigosos, os especialistas em bem-estar animal teutónicos estão a aconselhar os proprietários caninos alemães a não se deslocarem aquele país escandinavo com os seus cães, particularmente aqueles que têm cães cuja raça se encontra listada na Dinamarca como perigosa, que podem ser confiscados e até mortos.
Muitos proprietários caninos alemães são atraídos para passar férias na Dinamarca, devido ao clima agradável e à existência no país vizinho de dunas e praias, para além de boa acessibilidade rodoviária. Não obstante, devem informar-se detalhadamente acerca da lei dinamarquesa sobre cães, dando especial atenção ao uso da trela nas praias dinamarquesas entre o dia 1 de Abril e o dia 30 de Setembro, locais onde qualquer demonstração de agressividade poderá revelar-se fatal para o cão que a manifestar.
Organizações alemãs de bem-estar animal como a TASSO, VIER, PFOTEN e VDH estão a aconselhar os donos de cães alemães a não se deslocarem com os seus amigos de 4 patas à Dinamarca, porque apesar da lei dinamarquesa ter sido alterada, mantem-se a proibição das 13 raças consideradas ali perigosas, posta em prática no dia 1 de Julho de 2010, que ainda se aplica às seguintes raças: Bulldogs Americanos, American Staffordshire Terrier, Boerboels, Dogos Argentinos, Fila Brasileiros, Kangals, Pitbull Terrier, Sarplaninacs, Tornjaks, Tosa Inus, Owtcharkas caucasianos, Owtcharkas do sul da Rússia e Owtcharkas da Ásia Central não podem ser criados, mantidos ou importados na Dinamarca.
Cães de raças mistas que se assemelham a uma dessas raças são igualmente consideradas perigosas. Nestes casos, para que tal não aconteça, os donos têm que provar, sem sombra de dúvida, que o seu cão não pertence a nenhuma das raças listadas. Entrar na Dinamarca com um cão de raça considerada perigosa é sujeitá-lo a ser confiscado pela polícia ou a ser morto e se algum cão morder em alguém incorre na mesma sorte, porque na terra da “ Pequena Sereia”, nesta matéria, é indiferente ser-se turista ou residente.
Desde 1 de Julho de 2014 que os polícias foram substituídos por “especialistas em cães”, sendo estes a decidir quais os animais que devem morrer ou não. Udo Kopernik (na foto seguinte), porta-voz do reputadíssimo VDH (Verband für das Deutsche Hundewesen/Kennel Club Alemão) tem criticado esta disposição, porque a legislação não estipulou o treino e as competências que os “especialistas de cães” devem ter para poderem proferir o seu veredicto.
Entretanto, informações oficiais divulgadas pelo Ministério da Agricultura dinamarquês dizem que mais de 600 cães foram mortos até o momento sob a Lei de Cães da Dinamarca. Opinião diversa tem a organização dinamarquesa "fairdog", que estima que esse número seja muito maior. Numa altura em que se considera a classificação de cães devido à sua raça cientificamente insustentável e que as listas raciais não estão a contribuir efectivamente para a protecção contra os cães perigosos, a Dinamarca não altera uma vírgula na sua lei relativa aos cães, teimosia que muito tem irritado e continua a irritar os cinófilos alemães.  

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