À
sombra duma azinheira que não sabia a idade, não sei se alguma delas sabe,
ouvimos dum velho caçador a seguinte exclamação: “Os bracos são como os jeeps
actuais, uns são mais para as cidades e outros para todo o terreno!” (jamais
nos lembraríamos de semelhante analogia, quiçá porque nunca tivemos um Jeep). Ainda
segundo ele: “bracos por bracos, só o alemão vale a pena!” E como a conversa ia
alta pela acção do vinho da Vidigueira, companheiro habitual de caçadores e
caçadas, geralmente assessorado pelo de Borba, o homem completou: “ Apesar de
haver bom e mau em todas as raças (já vi rafeiros a caçar como poucos), no seu
geral e desconsiderando a mestria dos donos, o Braco Alemão (Deutscher Kurzhaariger
Vorstehhund) é menos desastrado e fere-se menos que o Weimaraner, que treme
misérias nos dias mais frios e que se encandeia com facilidade nos mais
ensoleirados; mais combativo e resistente que o Perdigueiro Português, que
debaixo da troada dos disparos pode assustar-se, mais assertivo e humilde que o
Pointer e, mais disponível e pronto que os bracos espanhóis e franceses. Na
caça de parar ninguém bate este todo-o-terreno!” E sabem que mais? Com vinho ou
sem vinho, o homem tinha e tem carradas de razão!
quarta-feira, 8 de junho de 2016
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