O
The New York Times, na sua secção dedicada aos animais, adianta que existe uma
estrada em Hong Kong onde os cães são envenenados com maior incidência desde os
anos 80, trata-se da Bowen Road, um trilho paradisíaco, encostado a uma zona
residencial de luxo e que goza de uma vista panorâmica sobre a Cidade, onde se
pode passear e fazer desporto ao abrigo da mãe natureza. Também os proprietários
caninos para ali vão com os seus companheiros de quatro patas, apesar dos
riscos que os seus animais correm. Naquele local já foram registados 66 casos
de envenenamento. De 2013 para cá já foram envenenados ali 66 cães, morrendo 14
deles, muito embora as ONGS a trabalhar no local estimem que esse número
ascenda aos 200.
Também
o último Governador Colonial daquele território, o Sr. Chris Patten, viu envenenado
o seu cão “Whisky”, um Norfolk Terrier. Desconhecem-se os autores e as razões de
tão hediondos crimes, alvitrando-se como causas possíveis o gosto pela matança,
o medo e ódio aos cães e também a vingança contra os seus proprietários, particularmente
contra aqueles que não recolhem os dejectos dos seus pets.
Também
aqui se envenenam cães todos os anos, tanto dentro dos seus lares como fora deles,
nos jardins e recintos públicos. Todo e cuidado é pouco e ninguém está livre
duma desgraça dessas. Ao que parece, o cão do celebérrimo Juiz Carlos Alexandre,
um Boerboel que lhe foi oferecido, foi também envenenado no ano transacto com
um raticida.
Apesar
de todos sabermos que os cães são obrigados a transitar à trela nos recintos
públicos, independentemente do seu tamanho, força de mordedura ou grau de
perigosidade, poucos são aqueles que cumprem a lei e muitos optam
deliberadamente por soltá-los em qualquer parte. Acerca desta temática, repetimos
todos os anos os mesmos apelos e conselhos, na esperança que o número de cães
envenenados diminua drasticamente até ao ponto de nunca mais suceder. Como as
possíveis razões apontadas para o sucedido em Hong Kong são tão válidas lá como
cá, importa estar atento e tudo fazer pela salvaguarda dos nossos cães.
As
regras são as seguintes:
1
_ Nunca circule na via pública com o cão solto.
2
_ Não use trelas extensíveis que permitam a ocultação do cão.
3
_ Apanhe sempre os dejectos do animal.
4
_ Evite áreas habitualmente concorridas por grande número de cães.
5
_ Distribua o penso diário minutos antes de sair com o cão à rua.
6 _ Acostume-o a comer num
comedouro e bebedouro reguláveis.
7
_ Não lhe dê de comer fora de casa e não consinta que outros o façam.
8
_ Não o deixe farejar os caixotes do lixo e outros locais onde haja comida ou
sobras dela.
9
_ Habitue-se a não deixar comida pela casa fora
10
_ Nunca lhe jogue comida para o solo.
11
_ Varie sempre que possível os seus trajectos.
12
_ Nunca o solte em locais desconhecidos sem bater prévia e minuciosamente o
território.
13
_ Só o solte na certeza que volta quando o chamar.
14
_ Evite por sistema discussões com outros transeuntes.
15
_ Não o incentive a escavar se ele não houver sido preparado para a recusa de engodos.
16
_ Repreenda-o vivamente quando come o que não deve ou rouba comida.
17
_ Não o obrigue à procura de brinquedos para além do que a sua vista alcança.
18
_ Não consinta que roube comida aos outros cães.
19
_ Evite soltá-lo com outros cães que o induzam ao petisco.
20
_ Dirija-se a uma escola canina, torne-o obediente e aprovado na recusa de
engodos
21 _ Impeça o seu cão de danificar bens e património alheios, para que não venha a ser objecto de vingança.
21 _ Impeça o seu cão de danificar bens e património alheios, para que não venha a ser objecto de vingança.
O
aviso está feito e os conselhos dados. Nunca se esqueça que transporta vida
pela trela, que a salvaguarda do seu cão é uma obrigação sua e que os donos
previdentes têm cães por mais tempo. Ao invés, confiar na sorte é entregar o
cão “ao deus dará” e comprometer a sua sobrevivência. Há desastres que
acontecem sempre aos mesmos, porque será?
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