segunda-feira, 6 de junho de 2016

HONG KONG LÁ E CÁ

O The New York Times, na sua secção dedicada aos animais, adianta que existe uma estrada em Hong Kong onde os cães são envenenados com maior incidência desde os anos 80, trata-se da Bowen Road, um trilho paradisíaco, encostado a uma zona residencial de luxo e que goza de uma vista panorâmica sobre a Cidade, onde se pode passear e fazer desporto ao abrigo da mãe natureza. Também os proprietários caninos para ali vão com os seus companheiros de quatro patas, apesar dos riscos que os seus animais correm. Naquele local já foram registados 66 casos de envenenamento. De 2013 para cá já foram envenenados ali 66 cães, morrendo 14 deles, muito embora as ONGS a trabalhar no local estimem que esse número ascenda aos 200.
Também o último Governador Colonial daquele território, o Sr. Chris Patten, viu envenenado o seu cão “Whisky”, um Norfolk Terrier. Desconhecem-se os autores e as razões de tão hediondos crimes, alvitrando-se como causas possíveis o gosto pela matança, o medo e ódio aos cães e também a vingança contra os seus proprietários, particularmente contra aqueles que não recolhem os dejectos dos seus pets.
Também aqui se envenenam cães todos os anos, tanto dentro dos seus lares como fora deles, nos jardins e recintos públicos. Todo e cuidado é pouco e ninguém está livre duma desgraça dessas. Ao que parece, o cão do celebérrimo Juiz Carlos Alexandre, um Boerboel que lhe foi oferecido, foi também envenenado no ano transacto com um raticida.
Apesar de todos sabermos que os cães são obrigados a transitar à trela nos recintos públicos, independentemente do seu tamanho, força de mordedura ou grau de perigosidade, poucos são aqueles que cumprem a lei e muitos optam deliberadamente por soltá-los em qualquer parte. Acerca desta temática, repetimos todos os anos os mesmos apelos e conselhos, na esperança que o número de cães envenenados diminua drasticamente até ao ponto de nunca mais suceder. Como as possíveis razões apontadas para o sucedido em Hong Kong são tão válidas lá como cá, importa estar atento e tudo fazer pela salvaguarda dos nossos cães.
As regras são as seguintes:
1 _ Nunca circule na via pública com o cão solto.
2 _ Não use trelas extensíveis que permitam a ocultação do cão.
3 _ Apanhe sempre os dejectos do animal.
4 _ Evite áreas habitualmente concorridas por grande número de cães.
5 _ Distribua o penso diário minutos antes de sair com o cão à rua.
6 _ Acostume-o a comer num comedouro e bebedouro reguláveis.
7 _ Não lhe dê de comer fora de casa e não consinta que outros o façam.
8 _ Não o deixe farejar os caixotes do lixo e outros locais onde haja comida ou sobras dela.
9 _ Habitue-se a não deixar comida pela casa fora
10 _ Nunca lhe jogue comida para o solo.
11 _ Varie sempre que possível os seus trajectos.
12 _ Nunca o solte em locais desconhecidos sem bater prévia e minuciosamente o território.
13 _ Só o solte na certeza que volta quando o chamar.
14 _ Evite por sistema discussões com outros transeuntes.
15 _ Não o incentive a escavar se ele não houver sido preparado para a recusa de engodos.
16 _ Repreenda-o vivamente quando come o que não deve ou rouba comida.
17 _ Não o obrigue à procura de brinquedos para além do que a sua vista alcança.
18 _ Não consinta que roube comida aos outros cães.
19 _ Evite soltá-lo com outros cães que o induzam ao petisco.
20 _ Dirija-se a uma escola canina, torne-o obediente e aprovado na recusa de engodos
21 _ Impeça o seu cão de danificar bens e património alheios, para que não venha a ser objecto de vingança.
O aviso está feito e os conselhos dados. Nunca se esqueça que transporta vida pela trela, que a salvaguarda do seu cão é uma obrigação sua e que os donos previdentes têm cães por mais tempo. Ao invés, confiar na sorte é entregar o cão “ao deus dará” e comprometer a sua sobrevivência. Há desastres que acontecem sempre aos mesmos, porque será?     

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