quarta-feira, 22 de junho de 2016

CÃES E ALFORRECAS TAMBÉM NÃO COMBINAM

Os donos de cachorros e cães com pé-de-lebre, sabendo que eles não têm clavículas, costumam passeá-los à beira do mar, onde a areia se encontra mais compactada, o que impede que se enterrem e com isso venham a sofrer duma eventual luxação do ombro, cuidado que os dignifica enquanto proprietários caninos responsáveis. Mas como não há bela sem senão, é também junto ao mar que se encontram alforrecas, que mesmo mortas causam alergias a quem lhes toca. Idênticos encontros poderão ter aqueles que costumam nadar com os seus cães no mar, porque com facilidade avistarão alforrecas (medusas, águas-vivas, mães d’água).
Diante desta possibilidade importa impedir que os cães lhes toquem, porque doutro modo poderão sofrer uma reacção alérgica, inesperada, pouco vista e violenta, bem pior que a sentida pelos seus donos, que tende a passar com a aplicação de urina ou vinagre. Dependendo da variedade e número de medusas tocadas, alguns cães poderão apresentar feridas abertas e purulentas, como as que contraiu recentemente um Fox Terrier numa praia galesa (Saundersfoot, Pembrokershire), imediatamente após o contacto com algumas alforrecas, segundo fez saber o “Mirror” on-line. A fotografia seguinte reporta-se a esse cão e às lesões que sofreu.
Os cães de pêlo curto e os de pelo crespo sem sub-pêlo encontram-se mais expostos às picadas das alforrecas que os lanosos ou de pêlo duplo, pelo que o particular do manto dos cães é um dos factores a considerar na escolha dos destinados ao salvamento no mar. Caso o seu cão seja indevidamente picado por uma alforreca leve-o de imediato ao veterinário para que prontamente seja assistido e medicado e a sua recuperação seja mais célere. Também não o deixe comer areia da praia nas estâncias balneares atlânticas, porque muitos navios lavam ilegalmente os seus porões ao largo e os seus detritos acabam depositados nas areias, sendo alguns altamente tóxicos e fatais para os cães.

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