Os donos de cachorros e
cães com pé-de-lebre, sabendo que eles não têm clavículas, costumam passeá-los
à beira do mar, onde a areia se encontra mais compactada, o que impede que se enterrem
e com isso venham a sofrer duma eventual luxação do ombro, cuidado que os
dignifica enquanto proprietários caninos responsáveis. Mas como não há bela sem
senão, é também junto ao mar que se encontram alforrecas, que mesmo mortas
causam alergias a quem lhes toca. Idênticos encontros poderão ter aqueles que
costumam nadar com os seus cães no mar, porque com facilidade avistarão alforrecas
(medusas, águas-vivas, mães d’água).
Diante desta possibilidade
importa impedir que os cães lhes toquem, porque doutro modo poderão sofrer uma
reacção alérgica, inesperada, pouco vista e violenta, bem pior que a sentida
pelos seus donos, que tende a passar com a aplicação de urina ou vinagre. Dependendo
da variedade e número de medusas tocadas, alguns cães poderão apresentar feridas
abertas e purulentas, como as que contraiu recentemente um Fox Terrier numa
praia galesa (Saundersfoot, Pembrokershire), imediatamente após o contacto com
algumas alforrecas, segundo fez saber o “Mirror” on-line. A fotografia seguinte
reporta-se a esse cão e às lesões que sofreu.
Os cães de pêlo curto e os
de pelo crespo sem sub-pêlo encontram-se mais expostos às picadas das
alforrecas que os lanosos ou de pêlo duplo, pelo que o particular do manto dos
cães é um dos factores a considerar na escolha dos destinados ao salvamento no
mar. Caso o seu cão seja indevidamente picado por uma alforreca leve-o de
imediato ao veterinário para que prontamente seja assistido e medicado e a sua
recuperação seja mais célere. Também não o deixe comer areia da praia nas estâncias
balneares atlânticas, porque muitos navios lavam ilegalmente os seus porões ao
largo e os seus detritos acabam depositados nas areias, sendo alguns altamente
tóxicos e fatais para os cães.
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