Portugal, para além
da extensão dos seus areais, é historicamente terreno fértil para entendidos,
endireitas e bruxos, plebe a que se atribuem dons arredados dos comuns mortais
e tangentes aos encontrados na divindade. Aqui há uns anos atrás, a título de
conselho, alguém disse a um proprietário canino para ir com o seu cão a um
massagista dum clube de futebol da 1ª Divisão, porque o animal se encontrava
coxo, homem tido como entendido mas que nada sabia de anatomia canina! Também
os endireitas rivalizam com fisioterapeutas e massagistas, havendo-os para pessoas,
para animais ou para ambos, como foi o caso do célebre “Endireita do Sobral de
Monte Agraço”, que tanto socorria as alimárias como os seus proprietários e que
não sabemos se ainda é vivo ou se passou a “pasta” a alguém.
Quanto aos bruxos,
presentes nos mais variados sectores da vida nacional, a situação não está
fácil, a concorrência é muita e a clientela escasseia à medida que os bolsos se
vão esvaziando. Mas dê lá por onde der, eles têm aqui lugar garantido e por cá
continuarão (também há quem leve os cães ao bruxo ao invés de os levar ao
veterinário, como também há quem procure curas milagrosas junto de charlatães
ao invés de ir ao médico). Os bruxos menos contestados e melhor sucedidos são
os do interior, onde fazem verdadeiras fortunas à custa da ignorância popular,
vivendo que nem príncipes em faustosos palácios.
Amigos e caros leitores deixemo-nos de fantasias, de velhas crenças medievais e assimilemos de uma vez por todas a máxima latina “Unicuĭque suum”, que significa “a cada um o que é seu”, podendo ainda ser traduzida popularmente por “o seu a seu dono”. Quem está habilitado para tratar dos animais são os veterinários e quem melhor pode valer às pessoas são os médicos. Entendidos, endireitas e bruxos são fósseis vivos que mal se valem a si e menos aos outros, gente de um tempo passado que se junta aos milagreiros do presente. Estamos no Séc. XXI, não no XI, XII e XIII! O maior milagre é a vida e felizmente temos quem cuide da nossa e da dos nossos animais.
Amigos e caros leitores deixemo-nos de fantasias, de velhas crenças medievais e assimilemos de uma vez por todas a máxima latina “Unicuĭque suum”, que significa “a cada um o que é seu”, podendo ainda ser traduzida popularmente por “o seu a seu dono”. Quem está habilitado para tratar dos animais são os veterinários e quem melhor pode valer às pessoas são os médicos. Entendidos, endireitas e bruxos são fósseis vivos que mal se valem a si e menos aos outros, gente de um tempo passado que se junta aos milagreiros do presente. Estamos no Séc. XXI, não no XI, XII e XIII! O maior milagre é a vida e felizmente temos quem cuide da nossa e da dos nossos animais.
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