Depois do famigerado
massacre que aconteceu no bar gay “Pulse”, em Orlando na Florida/USA,
acontecido no passado Domingo, perpetrado por um tal de Omar Mateen, que acabou
morto pela Polícia mas que levou consigo 50 e deixou feridos 53, foram enviados
para aquela Cidade 12 Golden Retrievers, designados por “Comfort Dogs”,
propriedade dos Charities Lutheran Church, com sede em Northbrook/Illinois, para
confortarem ou ajudarem a prestar conforto a algumas das vítimas do ataque, às
famílias dos mortos e aos trabalhadores da emergência médica, bem como a
qualquer pessoa daquela Cidade necessitada de algum carinho canino após o
tiroteio mais mortal da história norte-americana. Estes cães têm a
particularidade, pela segurança que oferecem, quiçá também por não falarem e
nada exigirem em troca, de fazer “baixar a guarda” das vítimas e familiares
envolvidos em acontecimentos destes, levando-os a expressar a sua
vulnerabilidade naqueles momentos difíceis, sendo literalmente “amigos para
agarrar e desabafar - confessores de ocasião”.
Bem
sabemos do orgulho justificado que os norte-americanos têm pelos seus pioneiros
mas não estará já na altura de acabar com coboiadas destas e de restringir a
venda e o uso das armas de fogo, que se compram ali como quem compra “peanuts”?
Quando é que a América compreenderá que é melhor evitar que lamentar, garantir
a vida ao invés de celebrar exéquias solenes? O dinheiro não é a mola-real de
todas as coisas mas o fim apressado para muitos inocentes. Para além das
condolências, o que tem o Governo dos Estados Unidos para dar às mães que diariamente
perdem os filhos e aos filhos que perdem os pais desta triste maneira? O que
valerá mais: um americano vivo ou um americano morto? E se entretanto as coisas não mudarem, a criação e treino de cães de conforto virá a ser a indústria mais florescente da América, até porque já hoje não têm mãos a medir!
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