quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

NFA: MISÉRIA PÕE CONGOLESES A COMER CARNE DE CÃO

 

Num texto com um pedido de doação postado ontem na Internet, a NETWORK FOR ANIMALS (NFA), organização de bem-estar animal que fornece apoio logístico e financeiro para iniciativas relacionadas em vários países, com sede no Reino Unido e escritórios nos Estados Unidos e África do Sul, relata que no coração de África os cães estão a ser vítimas do implacável comércio da carne de cão. Historicamente, muito poucos africanos consumiam carne de cão, mas as dificuldades económicas levaram a um aumento chocante em países como o Congo. Os cães são transportados em camiões e carros através da fronteira da vizinha Zâmbia e assim que chegam ao Congo, os são brutalmente abatidos. A NFA está a preparar-se para combater esse brutal comércio com todas as suas forças. Ela (a NFA) conseguiu quase eliminar esse comércio nas Filipinas e está agora a trabalhar com organizações e autoridades locais para evitar que a Zâmbia se transforme no centro do comércio africano da carne de cão, país onde comer carne é ilegal, mas não a sua comercialização. Os cães vindos da Zâmbia são cães de rua ou roubados, muitos são inclusive animais de estimação estimados. Uma vez capturados, são amontoados num camião sem água, comida ou ventilação adequada, sob o calor escaldante de África, e levados para a fronteira. A poucos metros do Congo são brutalmente abatidos nos mercados locais, onde possível ouvi-los gemer, arranhar portas e uivar em inúteis tentativas para escapar.

Os transportadores pouco ou nada se importam com eles - os cães são apenas mercadoria. Os primeiros esforços de resgate da NFA salvaram apenas três cães – os outros morreram antes que que esta organização de bem-estar animal lhes pudesse valer, mas três cães estão vivos graças aos seu esforços e isso é apenas um começo. A rematar a sua denúncia, a NFA adianta: “Com o seu apoio intensificaremos os nossos esforços. Temos um lugar onde os cães estarão seguros e bem cuidados, só precisamos de fundos para montar operações de interceptação e cuidar das almas traumatizadas que salvamos. Cada missão custa cerca de US$ 5.000 (£ 4.000), mas cada centavo gasto vale a pena porque significa que os cães são salvos de mortes horríveis. A sua generosidade é a tábua de salvação deles. Juntos, vamos virar a maré contra a crueldade. Vamos dar a estes cães uma oportunidade de vida, uma oportunidade de felicidade.”

Se o terrível comércio da carne de cão aumenta na empobrecida África, dificilmente o abate dos cães terminará sem que a pobreza das populações seja ultrapassada. O problema não está só no abate dos cães, mas também no que obriga as pessoas a comê-los. Se a fome for vencida no continente africano, a carne de cão, enquanto comida de sobrevivência, perderá a sua importância e o seu comércio razão de ser. Diante destes factos uma dúvida me avassala: o que mais valerá resgatar: as pessoas da miséria ou os cães da morte? Mais facilmente se resgatarão os cães do que as pessoas, porque infelizmente ainda ninguém encontrou solução para a pobreza!

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