O
oeste saloio já foi terra de gente pacífica e de saloios no que à etnia diz
verdadeiramente respeito. Agora os concelhos de Loures, Mafra e Sintra são na
sua maioria povoados por uma mescla de povos dos quais se destacam os
brasileiros e os portugueses de origem africana, também os ciganos em Loures. À
medida que as hortas diminuem, crescem os dormitórios nos arrabaldes de Lisboa,
agora turbulentos, de crimes vários e de noites intranquilas, onde a confusão
de culturas leva à perca de parâmetros e ao desrespeito mútuo. A “esperteza
saloia” não está hoje em comprar uma camioneta como na comédia “Aldeia da Roupa
Branca”, mas em apanhá-la para sair dali para fora. O concelho de Loures começa
a ser pródigo em crimes insólitos e ontem, domingo, pela madrugada, somou mais
um à sua já vasta colecção.
Segundo a CMTV, por conta de um carro mal estacionado, dois homens envolveram-se numa violenta discussão. Um deles tinha um Pitbull e mandou-o atacar o seu opositor, esfaqueando este o cão para se defender, que acabou por morrer na via pública. Apesar de se ter livrado dos dentes do animal, o homem que foi alvo do Pitbull acabou também ferido no peito. Sem querer ser saudosista (como se isso fosse possível), o murmúrio diurno dos moinhos de vento de outrora é hoje substituído pelas detonações dos disparos nocturnos nas terras de pedras e cardos que se transformaram em cidades.
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