Se
há países aliados que o português comum pouco conhece, a Turquia encabeçará
essa lista, quiçá por ser apenas nossa parceira na NATO e
não pertencer à COMUNIDADE
EUROPEIA. Para o português comum menos informado e pouco
viajado, a República Turca não passa de um lugar misterioso onde os seus
habitantes masculinos usam um chapéu redondo na cabeça com um berloque
pendurado e calçam chinelos de bico arrebitado! A moderna Turquia está muito para
além disso, tem um PIB muito superior ao nosso, é imensa, tem um exército
moderno que é o segundo maior da Nato e tem acesso a armas nucleares. Os russos
têm que a tratar com muito cuidadinho porque jamais teriam sucesso se a
invadissem como tentam ter actualmente na Ucrânia, porque quando “toca a reunir”
e a defender a sua pátria, os turcos são uns verdadeiros leões como ficou
provado na BATALHA
DOS DARDANELOS (25 de abril de 1915 – 09 de janeiro de
1916), durante a PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL. Para o Ocidente, do ponto de vista
estratégico, é incomparavelmente melhor ter a Turquia como aliada do que tê-la
como inimiga, pese embora as diferenças que nos separam. E por falar em forças
armadas, como vão os cães do exército turco? É isso que vamos saber a seguir!
O
Batalhão Cinotécnico do Exército Turco, situado na província de Bursa, no
noroeste do país, ministra desde 1963 treino rigoroso aos seus binómios, cria
os seus próprios cães, treina 12 raças caninas diferentes, seis das quais
locais e tem oito subunidades onde o treino é o mesmo.
A
avaliação dos cães é feita de acordo com critérios gerais que consideram a
raça, o sexo, o temperamento, a coragem e o interesse, sendo as suas
características próprias para as disciplinas em que irão ser treinados. São
seleccionados para a detecção de bombas e substâncias entorpecentes, também
para patrulhas e para o reconhecimento, sendo estes escolhidos com base no seu forte
impulso à luta e denotado sentimento territorial. Para determinar estas
características, os cachorros são observados em diferentes ambientes e
submetidos a vários testes.
Após
um desafiante processo de treino, cães e tratadores são designados para as
unidades militares onde irão desempenhar um papel activo tanto no país como além-fronteiras.
Durante o período de treino, os cachorros acostumam-se às pessoas, cumprem
ordens e enfrentam diferentes ambientes e diversas condições do terreno.
Os cães militares turcos são eficazes não só em operações nacionais e transfronteiriças, mas também em catástrofes naturais. Os cães militares, que primeiro tiveram um papel activo nos escombros do terremoto de Mármara, em 17 de agosto de 1999, estiveram recentemente na região após os terramotos de Kahramanmaraş que afectaram 11 províncias do sul no início de fevereiro do ano transacto. Foram para ali enviados 28 cães de busca e um cão de cadáveres que resgataram 78 pessoas dos escombros. Torna-se por demais evidente que os avanços da cinotecnia militar turca se devem em parte ao intercâmbio com esquadrões K9 de países aliados, dentro e fora da Nato.
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