terça-feira, 30 de janeiro de 2024

O DURO TREINO DOS CÃES DO EXÉRCITO TURCO

 

Se há países aliados que o português comum pouco conhece, a Turquia encabeçará essa lista, quiçá por ser apenas nossa parceira na NATO e não pertencer à COMUNIDADE EUROPEIA. Para o português comum menos informado e pouco viajado, a República Turca não passa de um lugar misterioso onde os seus habitantes masculinos usam um chapéu redondo na cabeça com um berloque pendurado e calçam chinelos de bico arrebitado! A moderna Turquia está muito para além disso, tem um PIB muito superior ao nosso, é imensa, tem um exército moderno que é o segundo maior da Nato e tem acesso a armas nucleares. Os russos têm que a tratar com muito cuidadinho porque jamais teriam sucesso se a invadissem como tentam ter actualmente na Ucrânia, porque quando “toca a reunir” e a defender a sua pátria, os turcos são uns verdadeiros leões como ficou provado na BATALHA DOS DARDANELOS (25 de abril de 1915 – 09 de janeiro de 1916), durante a PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. Para o Ocidente, do ponto de vista estratégico, é incomparavelmente melhor ter a Turquia como aliada do que tê-la como inimiga, pese embora as diferenças que nos separam. E por falar em forças armadas, como vão os cães do exército turco? É isso que vamos saber a seguir!

O Batalhão Cinotécnico do Exército Turco, situado na província de Bursa, no noroeste do país, ministra desde 1963 treino rigoroso aos seus binómios, cria os seus próprios cães, treina 12 raças caninas diferentes, seis das quais locais e tem oito subunidades onde o treino é o mesmo.

A avaliação dos cães é feita de acordo com critérios gerais que consideram a raça, o sexo, o temperamento, a coragem e o interesse, sendo as suas características próprias para as disciplinas em que irão ser treinados. São seleccionados para a detecção de bombas e substâncias entorpecentes, também para patrulhas e para o reconhecimento, sendo estes escolhidos com base no seu forte impulso à luta e denotado sentimento territorial. Para determinar estas características, os cachorros são observados em diferentes ambientes e submetidos a vários testes.

Após um desafiante processo de treino, cães e tratadores são designados para as unidades militares onde irão desempenhar um papel activo tanto no país como além-fronteiras. Durante o período de treino, os cachorros acostumam-se às pessoas, cumprem ordens e enfrentam diferentes ambientes e diversas condições do terreno.

Os cães militares turcos são eficazes não só em operações nacionais e transfronteiriças, mas também em catástrofes naturais. Os cães militares, que primeiro tiveram um papel activo nos escombros do terremoto de Mármara, em 17 de agosto de 1999, estiveram recentemente na região após os terramotos de Kahramanmaraş que afectaram 11 províncias do sul no início de fevereiro do ano transacto. Foram para ali enviados 28 cães de busca e um cão de cadáveres que resgataram 78 pessoas dos escombros. Torna-se por demais evidente que os avanços da cinotecnia militar turca se devem em parte ao intercâmbio com esquadrões K9 de países aliados, dentro e fora da Nato. 

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