segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

BATEDOR MATA BEAUCERON E É CONDENADO

 

Um batedor foi julgado por matar acidentalmente um cão na localidade francesa de Tourves, na região administrativa de Provence-Alpes-Côte d'Azur, no departamento de Var, no dia 21 de janeiro de 2023, ficando com a sua licença de caçador suspensa pelos tribunais, após uma audiência realizada num tribunal de polícia no passado mês de dezembro. No dia do incidente, o caçador que desempenhava o papel de batedor durante uma caçada ao javali, disparou na direcção de um Beauceron de 13 meses que passeava com o seu dono. Ao ouvir os cães ladrar, ele engatilhou a espingarda e abriu fogo contra o animal. Este homem disse à polícia que segurava a espingarda nas mãos quando acidentalmente se deu o disparo a curta distância. Contudo, as suas explicações não convenceram a advogada da parte civil neste caso, sobretudo porque o batedor se pôs inicialmente em fuga. Com o registo criminal limpo, o batedor foi finalmente considerado culpado e condenado à suspensão da sua licença de caçador durante um ano. Terá ainda de pagar uma multa de 450 euros e 3.600 euros de indemnização (estado neles incluídos 1.500€ por danos emocionais e 900€ de reembolso pelo animal.

Penso que o tribunal francês foi brando, uma vez que deveria inibir definitivamente o batedor de caçar, porquanto parece não ter perfil nem nervos para uma actividade tão perigosa. O Beauceron abatido, também conhecido em França por Berger de Beauce, como o próprio nome indica é uma raça originária de França, de uma região chamada Beauce. Tendo em vista o adestramento clássico (obediência, pistagem e guarda), o Beauceron preenche todas as condições e pode vir a ser excepcional. Ele é um cão equilibrado e fiel, um falso lento que não envereda pela violência gratuita e cujas fases de crescimento tendem a ser demoradas. Fácil de sociabilizar e fiável com as crianças, quando ensinado precocemente aumenta a sua mobilidade e interacção, ganhando com isso velocidade de execução e maior versatilidade. Quando devidamente preparado, em média, mostrar-se-á mais rápido do que o Rottweiler e com maior força de impacto do que o Dobermann, raças entre as quais se encontra em termos laborais. Continuo sem perceber porque razão os franceses cedo se desinteressaram deste cão e não procederam ao seu melhoramento, raça que considero com muito potencial e que me deu vários exemplares para treinar, inclusive alguns que guardo com gratidão na memória.

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