Não
é nada fácil ser polícia, porque se está demasiado acompanhado e
invariavelmente só; não se consegue manter o anonimato; é muito difícil estar
presente nos momentos familiares mais importantes; raramente pode dispor da sua
pessoa; trabalha quando os outros dormem e vice-versa; sente a antipatia ao seu
redor; enfrenta o pior da sociedade e sujeita-se constante e simultaneamente às
pressões da cadeira hierárquica e do público. Como se isto não bastasse, para
arrebentar com o resto, só lhe falta ser mal pago, ter problemas em casa ou ser
morto ou ferido em serviço! Há quem diga por aí que há suicídios a mais nas
polícias, ao que eu contraponho: era para haver mais, porque não falta quem os
queira matar, apesar de estarem ao serviço de todos nós. A notícia que vou narrar
aconteceu no passado sábado, dia 13 de janeiro de 2024, com um polícia de
serviço.
O incidente aconteceu na cidade alemã de Hamm, região administrativa de Arnsberg, no estado federal de Nordrhein-Westfalen, onde um mestiço de Pastor Alemão que passeava à trela com o seu dono num prado usado como parque para cães, atacou um caminhante de 23 anos de idade. Apercebeu-se de algo errado, uma viatura policial aproximou-se do local, acabando um polícia de 38 anos por ser mordido na barriga de uma das pernas, após o cão se ter soltado do dono. Os dois feridos foram transportados para o hospital e foi dada baixa médica ao polícia. O dono do cão, um homem de 73 anos, aguarda agora um processo por lesão corporal negligente em dois casos.
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