Há quem pense erroneamente que ensinar um cão miniatura é muito mais fácil que adestrar o comum dos cães, quando na verdade não o é. Os cães pequenos e os miniatura ainda mais, são muito mais instáveis do que os demais, são por norma mais barulhentos, têm períodos de apreensão e concentração mais curtos, atingem com facilidade a exaustão, são mais sensíveis à mudança de ambientes à sua volta, tendem a ser anti-sociais, são menos autónomos e invariavelmente aninham-se nos donos, o que não quer dizer que não haja por aí terriers e pinschers miniatura levados do diabo e capazes de causar grandes disparates, alguns à partida impensáveis. Educar cães destes não é tarefa para qualquer um, porque exige saber, experiência e sensibilidade, porque a palavra de ordem é equilibrar para devolver-lhes a tranquilidade que as sucessivas selecções lhes surripiaram. Por tudo o que disse até aqui, um erro cometido com cão grande pode nem ser notado pelo animal e num pequeno pode transformar-se num trauma. Ontem, distante por momentos de obrigações lectivas, peguei num minúsculo Yorkshire alheio e internei-me no seu mundo, repleto de medos, vultos e angústias.
domingo, 14 de janeiro de 2024
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário