Chama-se
de “carioca” o natural ou o habitante da cidade do Rio de Janeiro, capital do
Estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Mas quando o nome é usado como adjectivo
poderá ter várias conotações depreciativas, étnicas e em alguns casos até
racistas, associadas ao narcotráfico, ao crime, à prostituição, ao jogo e à aversão
ao trabalho, o que não corresponde em absoluto à verdade. Ontem pela manhã, sábado
27 de janeiro de 2024, tivemos entre nós uma carioca (na foto acima), uma natural
do Rio de Janeiro, uma mãe muito jovem, afro-brasileira, espontânea, mãe de um
bebé de 1 ano de idade, já nascido em Portugal, e companheira de um português igualmente
jovem que é o pai do seu filho. Encontrámo-la por acaso e convidámo-la para participar
nos nossos trabalhos, convite que aceitou e que muito me alegrou, atendendo a
alguns dos seus particulares e à absoluta necessidade de sociabilização dos cães.
Na foto acima vemo-la a segurar a trela do FSM Doc e na seguinte num exercício
de interacção com o Doc, cão que pretendemos irrepreensível no que concerne ao
seu comportamento social, capaz de respeitar as minorias étnicas, os mais
fracos, os idosos, os deficientes e todos os indivíduos de diversa apresentação,
sem contuso descurar a sua defesa e a protecção do seu dono (árduo trabalho
temos pela frente!).
Como
sempre acontece em casos destes, pedimos à jovem carioca, cujo nome não recordo
como é meu hábito, que desse uma volta à pista táctica com o Doc, no que foi
cuidadosamente guiada e acompanhada pela Viv. Apesar da insegurança patenteada
pela jovem brasileira, o Doc não tomou isso em consideração e não tomou contra
ela qualquer atitude agressiva como era esperado.
Como
as reacções dos cães a correr em direcção às pessoas não são exactamente as
mesmas que tomam quando o fazem em andamento normal (marcha), ainda mais a
trabalhar soltos na frente dos donos, pedimos à menina carioca que se juntasse
à janela para o cão saltar, certos de que no retorno não a atacaria, como veio
a acontecer. Depois pedi-lhe que fosse buscar o bebé e que com ele permanecesse
no junto do obstáculo para o cão saltar, tarefa que o cão executou dentro da
maior normalidade, ignorando por completo a presença da mãe e do respectivo
bebé.
Certo
da obediência do Doc, coloquei atrás da janela os três membros daquela família:
pai, mãe e bebé. Mais uma vez o Doc não defraudou e cumpriu exemplarmente as
ordens que lhe foram dadas para espanto de todos os que assistiam à evolução do
trabalho.
Como
não queremos fazer do FSM Doc “filho único”, pedi ao jovem pai que mais uma vez
se colocasse após a janela para o CPA Schwartz executar a mesma transposição. O
Pastor Alemão respondeu afirmativamente à tarefa sem evidenciar alguma
dificuldade ou contratempo em particular.
No
final da aula foi solicitado ao Paulo Jorge que mandasse o CPA Bohr saltar o
cesto de um triciclo não motorizado para adultos, daqueles que dão para
transportar comodamente algumas mercadorias vindas de algum mercado. O Gif
seguinte reporta-se a esse momento e conforme se pode observar, o veterano
ainda está longe de “arrumar as botas”.
Os
binómios Claudio/Balzac e Miguel/Thor trabalharam afincadamente, o primeiro a
condução em liberdade e o segundo a condução à trela, participando
integralmente nos momentos colectivos do aquecimento e do trabalho geral constantes
no Plano de Aula.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Cláudio/Balzac; José António/Doc; José Maria/Jay; José Maria/Schwartz; Miguel Dias/Thor; Paulo/Bohr; Viv/Dream e Viv/Kiara.. O Jorge Filipe acorreu a um biscate e não compareceu (tem dois filhos para criar). Daqui vai uma palavra de apreço para a Viv pelo seu empenho, menina que espero vir a ser em tudo uma vencedora. O Paulinho esteve bem, fumou menos e até trabalhou mais do que queria. Resta dizer que a manhã esteve maravilhosa e que o Balzac se mantém firme na disposição de me rasgar os fundilhos das calças!
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