Uma
escola secundária diz que planeia usar um cão farejador para impedir os alunos
de snifar nas suas instalações. A escola, na cidade inglesa de Norwich, diz que
um “cão de dissuasão passivo” será recrutado para o efeito num dia do próximo
mês de fevereiro. Um porta-voz escolar disse que tal fazia parte de uma série
de medidas para combater o “impacto negativo dos cigarros electrónicos e de outras
substâncias proibidas (vaporizações)”. Na segunda-feira, anteontem, dia 29 de
janeiro de 2024, o primeiro-ministro do Reino Unido anunciou a proibição dos vapes descartáveis para ajudar a combater o número crescente de jovens
que adoptam o hábito. O porta-voz da City of Norwich School, administrada pela
Ormiston Academies Trust, disse: “Embora actualmente não tenhamos problemas com
isso (com o vaping) na escola, estamos cientes de que este é um desafio
crescente na sociedade e, portanto, queremos tomar medidas proactivas para ajudar
a combater e impedir isso” e “A organização que apoia este o cão farejador tem
uma experiência significativa na prestação deste serviço nas escolas”.
A mesma
escola disse que outras medidas educacionais estão a ser tomadas para impedir
as crianças de usar cigarros electrónicos, incluindo a realização de reuniões
com especialistas e a sinalização de alunos que precisam de apoio adicional. No
Reino Unido, já é ilegal vender cigarros electrónicos a menores de 18 anos, mas
os produtos descartáveis, muitas vezes vendidos em embalagens mais pequenas e
mais coloridas do que as recarregáveis, são o "principal impulsionador do
aumento alarmante da vaporização entre os jovens", afirmou o governo
britânico. Números da instituição de caridade Action on Smoking and Health
sugerem que 7,6% de jovens dos 11 aos 17 anos vaporizam regular ou
ocasionalmente contra os 4,1% em 2020. O vapor inalado contém uma pequena
quantidade de produtos químicos, incluindo a substância viciante, a nicotina. Os
médicos dizem que a vaporização pode causar danos a longo prazo nos pulmões,
coração e cérebro dos jovens.
Mais
pesquisas são necessárias para determinar exactamente quais são os efeitos na
saúde, dizem os especialistas. Um porta-voz da escola da cidade de Norwich
disse que um cão de terapia já era usado na escola para apoiar o bem-estar
mental dos alunos e que seriam feitas as “adaptações” necessárias para qualquer
pessoa com medo de cães. O Conselho do Condado de Norfolk, que é responsável
pelas escolas em geral, mas que não administra a cidade de Norwich, disse: “Se
as escolas precisarem de qualquer apoio e orientação personalizado, ou se
tiverem uma criança ou jovem que está fumando, ficaremos felizes em ajudar”. O
conselho disse ainda que o seu “kit de ferramentas temático” sobre vaporização
também poderá ser adquirido gratuitamente.
Louva-se a preocupação desta escola de Norwich com a saúde e bem-estar dos seus alunos, até porque seria mais fácil ignorar o problema, o que chamaria menos à atenção. Em casos como estes os sniffer dogs são mais do que bem-vindos, porque são super eficazes na detecção dos cigarros electrónicos e a sua requisição não é muito dispendiosa. Mais escolas deveriam seguir o exemplo desta de Norwich, tanto na Grã-Bretanha como na Europa e no Mundo. É evidente que não estou a referir-me ao tabaco aquecido, mas sim aos vapes, apesar de ambos serem extremamente nocivos para a saúde, terem produtos químicos desaconselháveis e a viciante nicotina que tantos já enviou para o mundo do eterno descanso.
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