A violência
grassa nas sociedades contemporâneas, o crime violento aumenta nas grandes
metrópoles a olhos vistos e os crimes de ódio parecem estar outra vez na moda
(hoje, no Michigan, mais um afro-americano foi morto por um polícia com um tiro na nuca depois de
dominado). Parece que ninguém tem paciência para ninguém,
como se todos necessitássemos de ajustar contas com alguém. Assim acontece também
na Estíria (Steiermark em alemão), estado centro-oriental da Áustria, onde o
crime de ódio é grande e a violência parece andar no ar. Anteontem,
terça-feira, num eléctrico em Graz, na carreira Graz-Köflach, uma senhora de 36
anos chamou à atenção de um homem acerca do modo impróprio de como tratava o
seu cão. Depois da discussão instalada dentro do eléctrico, por volta das
20h25, ambos saíram na mesma paragem, em Andritzer Hauptplatz, onde a senhora
foi agredida com um violento pontapé no tornozelo esquerdo, sentido de imediato
uma forte dor que a impossibilitou de andar sozinha, vindo depois a ser tratada
da sua grave lesão no Hospital Regional de Graz pela Cruz Vermelha. O agressor
foi descrito como tendo à volta de 30 anos, medindo entre 1,75 e 1,8 m de
altura, de cabelos loiros, longos e despenteados, que vestia uma sweatshirt vermelha
e que carregava uma bolsa ou mochila. O indivíduo não foi até agora
identificado e a polícia espera ser contactada telefonicamente por eventuais
testemunhas do incidente.
Agressões destas são infelizmente muito comuns e pelos motivos mais banais, como se o respeito pelas pessoas fosse um protocolo do passado e importasse agora ripostar a torto e a direito – ser juíz em causa própria e fazer justiça pelas próprias mãos! A violência nos dias que correm tornou-se extensível aos dois géneros, havendo por aí muito homem a ser agredido e muita mulher a praticar desportos de combate. Também a grosseria e os impropérios se generalizaram, servindo normalmente de rastilho para discussões acaloradas que facilmente degeneram em pancadaria e até em mortes. Infelizmente não podemos confiar na educação alheia, porque raramente o forte se compadece do fraco e o último, ao saber disso, sempre se prepara para a vingança – todos procuram levar vantagem. Provavelmente a senhora agredida de Graz não voltará tão cedo a fazer qualquer reparo a terceiros e se porventura assistir a alguma acção criminosa, em abono da sua segurança, deverá ligar primeiro para a polícia.
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