O
salto para dentro de veículos de caixa aberta e a ocultação canina debaixo de
viaturas automóveis sempre fizeram parte do currículo obrigatório para os cães
destinados à disciplina de guarda, sendo também estes exercícios requeridos
como manobras de evasão, quando a ocultação dos animais é indispensável à sua
sobrevivência. Ao ensinar-se um cão a saltar ou a ocultar-se numa viatura
automóvel, podemos, depois de treino aturado, proceder a ataques de surpresa e
de intercessão de difícil defesa, quando previamente condicionarmos o animal a
usar a viatura para o efeito ou a fazer dela o seu local de observação. Ontem
recorremos a estes exercícios a pensar na ficção e nos seus benefícios para os
donos dos cães, já que os seus animais, na sua maioria, se destinam a ser cães
de companhia. Estes exercícios obedecem a dois modos, a duas abordagens e a
duas fases, respectivamente: à trela e em liberdade; abordagem lateral e pela retaguarda;
e com as viaturas paradas e depois com elas em andamento. No GIF acima vemos o
binómio Jorge/Gaia a executar o salto lateral à trela com a viatura parada. Nas
primeiras abordagens laterais ao veículo, os saltos deverão ser executados em
direcção às rodas, o que facilitará do sobremaneira o sucesso dos animais, que
passarão a ter um muro na sua frente e não um buraco para se esgueirar. No GIF
abaixo vemos uma abordagem sincronizada pela retaguarda por 2 cães. O taipal da
camioneta foi inicialmente aberto para que o exercício se constituísse numa
experiência feliz para os animais.
No
GIF seguinte vemos o binómio Pedro Rodrigues/Luna a executar o salto lateral em
liberdade com a viatura parada e em condução dinâmica. Ontem só trabalhámos a
primeira fase, com a viatura parada, porque a maioria dos cães era inexperiente
e não desejávamos causar-lhes qualquer trauma ou retrocesso pedagógico. Como se
depreende é mais difícil ultrapassar os taipais de um camião do que de uma
pick-up.
O
mesmo binómio foi convidado para abordar o veículo pela retaguarda com o animal
em liberdade e conduzido de modo nuclear, uma vez que o seu dono não o
acompanhou, permanecendo imóvel na linha de partida para o salto.
Também
o Cão de Água Português Oliver, uma das sensações da escola e um atleta levada
da breca, foi convidado para abordar a viatura pela retaguarda, agora com o
taipal já fechado e elevado a uma altura de 150 cm. Executou a abordagem à
trela, mas poderia executá-la em liberdade, não fora estar presente uma
simpática cadela com o cio que ele tanto adora.
Participaram nos trabalhos de Quinta-feira Santa os seguintes binómios: Carlo/Tsuki; Inês/Oliver; Jorge/Gaia; José Maria/Rocky Lucas/Bock; Paulo/Bohr; Pedro Rodrigues/Luna e Yasmine/Ouki. Como nota de destaque ficámos a saber que a família da Silvana e do Lucas vai brevemente aumentar, o que foi motivo de regozijo para todos os alunos presentes.
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