Cada
estação do ano carrega intoxicações específicas capazes de intoxicar e até de
matar cães. Na primavera e no outono há que ter um cuidado especial com os
bolbos das plantas, porque muitos deles são venenosos e a sua ingestão pelos
cães pode custar-lhes a vida. Um dos mais tóxicos é o do narciso, planta muito
comum nos jardins de todo o mundo, mas não é o único, pois as raízes do lírio
do vale, da violeta e da anémona da madeira são também altamente tóxicas. Nas
estações intermédias (primavera e outono) as intoxicações por bolbos aumentam
significativamente porque as flores de verão ou primavera acabam por ser
geralmente plantadas debaixo dos bolbos, deixando estes mais à superfície. Os
bolbos espalhados durante a jardinagem, difíceis de detectar à primeira vista, atraem
invariavelmente os cães mais brincalhões e ao primeiro sinal de envenenamento, os
donos dificilmente o relacionarão com os bolbos.
Se
os animais comerem aquelas “cebolas”, os donos deverão levá-los a um
veterinário o mais rápido possível, podendo o clínico injectar-lhes um droga
indutora ao vómito, isto se chegaram dentro de uma hora. Segundo Tina Hölscher,
veterinária alemã com consultório aberto em Berlin, a lavagem gástrica é ainda
válida até 4 horas depois da ingestão dos bolbos. Posteriormente, o carvão
activado pode ser útil, quando administrado a cada 8 horas na dosagem máxima de
4 gramas por quilograma de peso corporal.
Como prevenção, para minimizar os riscos da ingestão dos bolbos pelos cães, convém que as “cebolas” sejam enterradas a uma profundidade duas vezes superior à sua altura. As dálias e as begónias, que também florescem na primavera e que têm mais do que do 2,5 cm de diâmetro, deverão ser plantadas a uma profundidade de 7,5 a 10 cm de profundidade. Seguindo a mesma regra preventiva, bolbos com 5 cm de diâmetro ou mais, deverão ser enterrados a 15 cm de profundidade. Se tem um cão à solta num jardim, não se esqueça que os bolbos podem ser-lhe fatais.
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