Qualquer
adestrador para ser bem-sucedido precisa de vestir a pele do cão que ensina,
de identificar os seus possíveis medos, dificuldades e resistências, para
melhor poder ajudá-lo a ultrapassar os seus receios e alcançar a experiência
feliz, êxito indissociável da unidade de propósitos binomial, da excelente
preparação para o exercício, do ânimo constante e da merecida recompensa, recompensa
que não deve ser só dada na altura do acerto do animal, mas principalmente nos
seus momentos de desacerto e desânimo, quando mais precisa de ser amparado e incentivado,
pedagogia só ao alcance dos humildes que não se importam de ser despromovidos a
cães para melhor os poderem compreender. E, quem assim não proceder, acabará
por violentar os animais, atentará contra o seu bem-estar e estabelecerá uma
relação binomial com base no medo e na desconfiança, ausência de alegria e desconforto
que os cães jamais conseguirão disfarçar e que carregarão para sempre nas suas
expressões mímicas, como marcas de guerra e cicatrizes do que fizeram com eles.
quinta-feira, 21 de abril de 2022
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