Dois cães de resgate aquático foram nomeados mascotes oficiais do Campeonato Europeu de Desportos Aquáticos 2022, que decorrerá em Roma no icónico “Stadio del Nuoto”, entre 11 e 21 de agosto, acontecimento que a realizar-se será a 36ª edição desta prova. Lea, um Golden Retriever, e Gastone um Terra Nova (ambos na foto seguinte), foram os cães escolhidos pela comunidade aquática que contou com 43.064 votantes. Esta dupla contou com a preferência de 44% das pessoas no Facebook e 34% no site Roma 2022, deixando para trás outros concorrentes a mascotes, como o Labrador Brianne, o Golden Retriever Drop e o Labrador Nanà. Estes cães de resgate, que se pretende que representem a multivariedade das raças caninas, das suas cores e os seus dois géneros, deverão promover segundo o parecer da Paulo Barelli, Presidente da Federação Italiana de Natação, a natação segura e os esforços feitos pelos salva-vidas. “A ideia de ter dois mascotes vivos surge do desejo de promover o papel extremamente importante dos salva-vidas da Federação de Natação Italiana e do Departamento de Natação Salva-vidas, para aumentar ainda mais o interesse das crianças e das famílias”, disse Barelli.
Antes
do evento desportivo e durante a competição, Lea e Gastone mostrarão o
compromisso das unidades caninas e todo o esforço da natação de resgate a
serviço dos cidadãos, que deverão poder usufruir com segurança dos 7.500 quilómetros
de costa, trechos de lagos e rios da Itália. Água. Ao longo dos anos, o número
de mortes por afogamento, de acidentes de submersão e banho diminuiu
significativamente em terras transalpinas, estando a federação Italiana de
Natação e o Departamento de Salva-vidas em reduzir a zero o número de casos.
"Aprender a nadar salva vidas” esta é a mensagem que os dois organismos enfatizam
com maior determinação. Os dois cães tornados mascotes, serão também replicados
em bonecos de peluche por ocasião do já citado Campeonato da Europa, actuando
ainda como mascotes do Campeonato Mundial de Natação Salva-vidas de 2022, que
acontecerá na costa do Mar Adriático, em Riccione, na província de Rimini, de 21
de setembro a 2 de outubro.
Alguns países já têm nas fileiras da sua Guarda Costeira cães destinados ao salvamento dentro de água, auxiliares excelentemente treinados para ajudar a salvar vidas nos mais variados cenários aquáticos e nas mais variadas circunstâncias. Portugal, continental e insular, tem cerca de 2.830 quilómetros de costa marítima, isto sem contar com as 250 praias fluviais mais procuradas, sendo um país 97% marítimo devido à sua disposição geográfica e ao mar que lhe pertence, razões mais do que suficientes para equipar as polícias marítimas e demais entidades que operam o policiamento e o socorro nas zonas balneares, nos mares, rios e lagos, com cães de salvamento dentro água, cuja utilidade já há muito foi reconhecida. Valerá a vida de um português menos do que a de qualquer outro? E os turistas que nos visitam, terão que trazer de casa um cão de salvamento às costas? A não existência de cães para este serviço é mais uma marca da “Europa a duas velocidades”, seguindo histórica e teimosamente Portugal na cauda do pelotão.
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