Ninguém
duvida que a “Invasão da Ucrânia” está intrinsecamente ligada aos interesses
político-económicos dos impérios russo, americano e chinês, assim como à defesa
da independência, liberdade e democracia da Europa ocidental. Diante deste
panorama, os ucranianos estão literalmente a morrer por nós, a defender com o
seu sangue as nossas fronteiras dos desejos expansionistas do novo czar da
Rússia, agora apostado em estabelecer um império como o anteriormente alcançado
pela colapsada União Soviética. Volodymyr Olexandrovytch Zelensky tem todas as
razões para não acreditar nas promessas de ajuda da maior parte daqueles que
dizem estar ao seu lado. Os americanos temem o poder nuclear russo e não podem
distrair-se com os chineses e uma Europa dividida dificilmente poderá valer à
Ucrânia invadida. Putin preparou esta invasão atempadamente e teve ocasião de
subsidiar partidos de estados membros contra a União Europeia, enfraquecendo-a
politicamente pela dificuldade na obtenção de consensos. A Alemanha, por seu
lado, que há muito deveria ter-se libertado da dependência energética russa, ao
não fazê-lo, está até ao momento de “mãos atadas” para valer aos ucranianos.
Com as sanções económicas americanas e europeias impostas à Rússia, a guerra na Ucrânia interessa de sobremaneira aos chineses, que põem literalmente os russos a “comer-lhes à mão”, ao comprar-lhe activos importantes por baixo preço, aumentando desta forma o seu poder económico que poderão vir a usar futuramente contra quem lhes aprouver, inclusive contra os próprios russos se for caso disso. A encher a barriga como nunca e a assistir sentada ao enfraquecimento dos seus rivais, a China jamais condenará a “Invasão Russa” dizendo-se hipocritamente a favor de uma solução negociada para o conflito, enquanto aguarda pela melhor ocasião para anexar Taiwan. Alheios a isto tudo e apostados em defender a sua terra, vítimas de várias cobardias, traições e hipocrisias, os ucranianos estão condenados a lutar sozinhos e até onde for humanamente possível. Como nunca estivemos tão perto da III Guerra Mundial, a sobrevivência da humanidade e do mundo estão cada vez mais ameaçadas, estando os ucranianos a morrer diariamente por nós, sacrifício que por ora nos garante a Paz e afasta a guerra das nossas portas.
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