quinta-feira, 2 de setembro de 2021

TEL AVIV NA “ERA DAS KAKANOAS”

 

Segundo faz saber o THE JERUSALEM POST de hoje, o município israelita de Tel Aviv está a lançar um programa inovador para impar os cocós não apanhados de 40.000 cães da cidade. Trata-se do lançamento de uma frota de motocicletas “kakanoas” para a recolha dos dejectos caninos. Estas motocicletas são de fabrico israelita, vêm com tanques acoplados com capacidade para 20 litros, são próprios para sugar cocós caninos e vão começar a patrulhar a cidade, segundo anunciaram hoje as autoridades municipais. Elas percorrerão os caminhos adiantados pelas autoridades sanitárias e aqueles onde houver reclamação dos moradores. Ivan Gavish, gerente do saneamento e da colecta de lixo de Jerusalém, disse a propósito: “ temos o prazer de administrar o kakanoa, que é mais inovação na luta contra este fenómeno fedorento.”

De acordo com os dados fornecidos pelo município, cerca de 500 kg mensais de dejectos caninos não são apanhados pelos proprietários caninos. O projecto Kakanoa é a mais recente ferramenta municipal para combater o problema, que segundo a mesma fonte ainda mais se agravou em 2020, porque o número de proprietários caninos em falta aumentou, como aumentou o número de denúncias (queixas).

O combate aos cocós deixados na via pública não se fica por aqui, o município de Tel Aviv já encetou outras acções, entre as quais destacamos: multas aos donos em falta, barracas com sacos de extracção em parques e jardins, assim como uma nova lei que permite à cidade testar excrementos de cão para rastrear proprietários com base no ADN. Aqui, na santa terrinha, ao contrário do que sucede na Terra Santa, apesar de já termos leis para isso, não temos kakanoas e nem tão pouco fiscalização activa, os donos badalhocos continuam a emporcalhar as ruas e alguns desgraçados a apanhar um par de patins inesperado, por vezes doloroso mas sempre malcheiroso – há ruas e vielas onde só podemos andar em bicos de pés – sendo possível algum guia turístico, mais desassombrado e por amor à verdade, dizer num lugar histórico: “Ontem por aqui andou o Senhor D. João e hoje cagou aqui um cão!” E depois, digam lá se sabemos ou não receber quem nos visita com distinção! 

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