segunda-feira, 20 de setembro de 2021

REDUZIR AO MÍNIMO AS EXPERIÊNCIAS COM ANIMAIS

 

O Parlamento Europeu quer acabar com as experiências laboratoriais que envolvam animais. Só no ano de 2017 foram criados e mortos para testes 12 milhões de animais. Os eurodeputados apelaram na passada quinta-feira, dia 16 de setembro, para um novo quadro europeu de fundos para encorajar métodos de teste alternativos. Nos casos em que tal não seja possível, o Parlamento Europeu deseja reduzir ao máximo a dor, a angústia e o sofrimento dos animais. Este orgão legislativo em Estrasburgo instou, numa resolução votada quase por unanimidade, que a União Europeia acelere a transição de um sistema de pesquisa que não utilize mais experiências com animais. Para tal, considera necessário financiar o desenvolvimento, validação e rápida introdução de novos métodos experimentais, assim como a formação de cientistas, investigadores e técnicos. No caso de uma utilização imprescindível de animais, os eurodeputados apelam para que os regimes dos testes sejam apenas realizados em condições óptimas para reduzir a dor, a angústia e o sofrimento dos animais em causa e protejam o seu bem-estar.

Os testes em animais para a produção de produtos cosméticos foram proibidos na UE desde 2004 e os relativos aos ingredientes cosméticos desde 2009. O relator da resolução, o deputado belga Benoît Lutgen (PPE), recordou que hoje as novas técnicas de ensaio de produtos como champôs e sabonetes já podem ser colocadas no mercado sem ensaios em animais, graças às novas tecnologias. No entanto, a AGÊNCIA EUROPEIA DE PRODUTOS QUÍMICOS (ECHA) ainda continua a solicitar testes em animais para certificação de segurança de certos ingredientes cosméticos. A legislação europeia em vigor já protege o bem-estar dos animais ainda necessários à investigação, mas os eurodeputados querem reduzir ao mínimo a sua participação em testes. 

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