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Distrito neozelandês de Tasman, no noroeste da Ilha do Sul, a pandemia do
Covid-19 está a ser apontada como principal razão para o aumento do número de
cães, já que as pessoas optam por adquiri-los ao invés de ir de férias. Do ano
transacto para este ano, o número destes animais registou um aumento de 461
cães naquele distrito, sendo 318 animais de estimação urbanos e somente 143
rurais. Este último aumento de cães urbanos continua a diminuir drasticamente o
tradicional fosso entre os cães rurais e os urbanos, totalizando os primeiros
5.964 indivíduos contra 5.896. O oficial de apoio regulatório do Conselho
Distrital de Tasman, Ross Connochie, disse na quinta-feira aos membros eleitos
do comité regulador que o número de proprietários caninos também aumentou no
ano passado. Os dados do conselho mostram que o seu número passou de 7.704 em
2019-20 para 8.063 em 2020-21.
“Acho
que podemos atribuir isso à Covid por isso. As pessoas parecem ter animais de
estimação ao invés de ir de férias. Entretanto, as reclamações sobre cães, em
particular sobre latidos, diminuíram durante os bloqueios do Covid. Entre o
nível 4 e o recente nível 3, recebemos somente uma reclamação de um cão a
ladrar. Obviamente que toda a gente está em casa a cuidar dos seus cães” –
disse Connochie. Até à passada quinta-feira, dia 09 do corrente mês, 290 donos
de cães não haviam registado novamente cerca de 340 cães. A vereadora do
distrito de Moutere-Waimea, Christeen Mackenzie, disse que havia preocupações
na comunidade de Wakefield quanto às fezes de cão nos caminhos, trilhas “e
coisas do género”.
Connochie disse que era “notoriamente difícil” fazer cumprir as regras sobre os dejectos caninos, porque é preciso apanhar os infractores em flagrante, apesar de haver sinalização e sacos para fezes grátis nos parques municipais, reservas, pistas e escritórios para ajudar os proprietários caninos a cumprir as regras de higiene relativas aos seus cães. “Fazemos o melhor que podemos, e cabe aos donos dos cães fazer a sua parte, quer cumprindo quer denunciando. Nós atenderemos todas as denúncias quando provadas e pedimos às pessoas tiram fotos que as remetam para nós.” Pelos vistos, parece que há badalhocos por todo o lado. Também na longínqua Nova Zelândia, nas horas amargas da pandemia, os homens têm-se valido dos cães como companheiros de infortúnio, oxalá não lhes agradeçam com o seu futuro descarte, como já está a acontecer em alguns países europeus. Entretanto, com tantos cães por toda a parte, perfilam-se vários e graves desequilíbrios ecológicos, inclusive a extinção de algumas espécies.
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