Antes
de narrar e comentar a notícia, quero agradecer aos cuidadores que se deslocam
diariamente ao domicílio dos doentes e denunciar uma desumanidade cometida
contra os profissionais de saúde em Portugal – a ausência de rotatividade nos
seus serviços. Dito isto, vamos lá falar do sucedido anteontem, segunda-feira,
em Waldkappel, município alemão do distrito de Werra-Meißner, no estado de
Hesse, onde pelas 19h30, uma cuidadora vou bater à porta de uma senhora que se
encontrava doente e ninguém abriu. Estranhando o facto, a funcionária do
serviço de enfermagem alertou a polícia, que entretanto chamou o corpo de
bombeiros.
Com a ajuda destes, os agentes policiais entraram naquela casa por uma escada, deparando-se com a idosa de 76 anos morta na cama, com o seu cãozinho nos braços, também ele morto, estando o seu marido, homem de 70, anos inconsciente, que depois de estabilizado pela equipa de resgate, admitiu ter matado a esposa e o seu cão num interrogatório inicial feito pela polícia criminal, encontrando-se agora preso. Ninguém sabe até que ponto o assassinato teve a ver com a gravidade da doença da senhora e isso está agora a ser averiguado. Quereria livrar-se dela ou acabar-lhe com o sofrimento? Pelo que tenho observado, lido e ouvido, inclino-me mais para a segunda hipótese. Contudo, porque mataria o pobre cão? Seria adepto da antiga religião dos faraós ou não queria que sobrasse qualquer memória da mulher? Há idades em que nada é fácil e tudo se complica, particularmente quando se perde a esperança.
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