Se
os pais ou quem cuida das crianças não fossem tão negligentes, os cães matariam
muito menos crianças. Negligencia que se tem manifestado pela exposição gratuita
das crianças e pela ausência do controlo dos cães, já que grande número deles coabita
com elas debaixo do mesmo tecto, o que não tem impedido alguns de matá-las. As
razões são várias, mas nenhuma isenta a responsabilidade dos pais. Em Denain, cidade
francesa na região administrativa de Hauts-de-France, no département du Nord,
no passado dia 08 deste mês, quarta-feira, por volta das 16h00, uma menina de 9
anos entrou na casa de um vizinho e foi mordida pelo cão deste, um American
Bully que a atacou no rosto. A menina foi atendida pelos serviços de urgência
médica e hospitalizada em estado grave no Hospital de Lille. O cão, que já
seria reincidente a atacar pessoas, foi confiscado ao seu proprietário e
entregue aos cuidados de um profissional, que parece não se ter agradado muito do obséquio.
Perante o sucedido, a polícia abriu um inquérito e rapidamente procedeu às
primeiras averiguações.
Por onde andariam os pais ou os responsáveis daquela criança, quando sabiam da existência daquele cão na vizinhança? Por muito estranho que pareça, por vezes, as crianças estão mais seguras nas escolas que dentro das suas próprias casas, tendo inclusive mais acidentes nos lares do que nos estabelecimentos de ensino. O confisco do cão ao seu proprietário, que não serve para o ilibar de coisa alguma, foi uma decisão acertada das autoridades, uma vez que não procedeu à sociabilização do animal sabendo de antemão qual era a sua têmpera. Estamos, mais uma vez, perante um grave incidente com base na negligência de alguém.
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