segunda-feira, 30 de agosto de 2021

PEN FARTHING: A DIFFERENT ROYAL MARINE COMANDO

 

Vamos lá falar de um Royal Marine Comando diferente, precisamente de PAUL “PEN” FARTHING, ex-Comandante da Marinha Real Britânica, que ao invés de ficar famoso pelo número de inimigos que eliminou, tornou-se assim pelos cerca de 200 cães e gatos que resgatou de Cabul. No tempo em que vivemos, com os cães a fazer dos homens seus porta-vozes, indo dessa forma votar, Farthing podia criar um partido político que certamente seria bem-sucedido e até eleito, apesar da Europa estar superpovoada de cães e de lhe faltarem crianças, o que compromete de sobremaneira o seu futuro e força de trabalho, o que aponta para a necessidade crescente de novos emigrantes no Velho Continente.

Quanto ao nosso amigo Pen Farthing, durante a sua comissão no Afeganistão em 2006, como parte das tropas para ali destacadas do 42º Comando Royal Marines, ele e os seus subordinados parecem ter interrompido uma luta de cães de rua na cidade de Nowzad. Mais tarde, um desses cães seria baptizado com o nome da cidade e iria acompanhar Farthing nos seis meses seguintes. Quando terminou a sua missão no Afeganistão, ele tentou trazer aquele cão para a sua casa no Reino Unido e isso inspirou-o a criar a Nowzad Dogs, uma instituição de caridade que procura reunir os soldados com os cães e gatos que os ajudaram e controlar humanamente os animais abandonados em Cabul, instituição que é relatada como pioneira no resgate de animais naquele montanhoso país asiático.

Com a já anunciada mudança de rumo da guerra e com os talibãs em Cabul, viu-se obrigado a tirar do Afeganistão os animais resgatados e o pessoal que deles cuidava, numa altura em que ainda se procede a uma evacuação apressada e em massa de estrangeiros e dos afegãos que com eles trabalharam debaixo do espectro da vingança talibã. Depois de alguns conflitos com autoridades governamentais do Reino Unido, em particular com o Ben Wallace, Ministro da Defesa, que entendia dar a prioridade ao transporte e evacuação de pessoas, no passado dia 28, Farthing consegue finalmente embarcar num avião fretado com os seus 140 cães e 60 gatos, não podendo trazer com eles a sua equipa de cuidadores, pessoal que Farthing espera evacuar posteriormente pelo Paquistão. Pousa no dia seguinte, dia 29 de agosto, no aeroporto de Heathrow em Londres, sendo os animais enviados para canis de quarentena.

Poderá Farthing finalmente descansar e dizer missão cumprida? O Sunday Times, citando um alto funcionário de Whitehall, previu que os animais da instituição de caridade animal Nowzad de Pen, vindos de Cabul, poderão ser condenados à morte, apesar de todos os esforços e controvérsias para tirá-los do Afeganistão, caso estejam crivados de doenças, o que levará o DEFRA (Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais) a ter que eliminá-los. Deseja-se ardentemente que não e tal seria até motivo para uma revolução nas Ilhas Britânicas. Como ficaria feliz se um ou mais Pen Farthing se lembrassem de resgatar e conseguissem evacuar 200 crianças afegãs cada um, também se aparecessem alguns que fossem capazes de salvar a totalidade das vidas que os talibãs esperam ceifar. Oxalá/ نأمل!

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