Como
os cães podem apresentar dificuldades em regular naturalmente a sua temperatura
corporal durante o tempo quente, somos muitas vezes obrigados a refrescá-los
principalmente no Verão. Com importa que o seu cão esteja sempre adequadamente
hidratado, remova a sua água várias vezes ao dia para que esteja sempre limpa e
um pouco mais fria que a temperatura ambiente, mas não muito fria para que não
lhe cause diarreia, problema que também acontece caso coloquemos cubos de gelo
na sua água, que podem ser engolidos e que tendem a causar distúrbios
digestivos. Pode também convidá-lo para nadar no mar, no rio ou numa piscina.
No último caso ensine-o primeiro a entrar e a sair da piscina, para que possa
disfrutar dela quando lhe apetecer sem correr qualquer risco. Mas se o seu cão
não se chega perto de água e não sabe nadar, passe-lhe um pano húmido em todo o
corpo, principalmente nas áreas do corpo sem pêlo (abdómen, parte interna das
coxas e almofadas plantares). Como é no intervalo das almofadas que se
encontram as glândulas sudoríparas, pode também molhar-lhe as patas para o
mesmo efeito.
Para
refrescar o cão podemos também molhar uma toalha em água fria e colocá-la no lugar
onde o animal gosta de descansar. Para o mesmo efeito podemos embrulhar um
garrafa de água embrulhada numa toalha e colocá-la no frigorífico, tirando-a
depois de lá para a cama do cão. Escovar o animal diariamente é também uma
forma de promover o seu arrefecimento, porque remove o pêlo morto que o mantém
aquecido, muito embora a pelagem densa proteja os cães tanto do frio como do
calor, pelo que o corte de pêlo em algumas raças caninas não se justifica. Raças
como o Westie,
o Shih Tzu, o Lasso Apso, o Yorkshire, o Cavalier King Charles, o Coton de
Tulear, o Cocker e outros similares só têm a ganhar se forem tosquiados no
verão. Para um arrefecimento mais rápido e agradável do animal podemos valer-nos
de uma ventoinha nos dias de calor mais intenso, preferencialmente a menos
ruidosa possível, desde que não a aproximemos demasiado da cabeça do animal e
não a usemos numa potência muito elevada.
Em
abono do bem-estar do cão e para que não superaqueça neste verão, as
indispensáveis caminhadas diárias não deverão acontecer entre 12 e as 16 horas.
O melhor que há a fazer é optar por
caminhadas de manhã cedo e à noite, nas horas mais frescas do dia, com uma
extensão menor e preferencialmente em áreas de sombra. As longas caminhadas
deverão ser evitadas, particularmente quando o seu trajecto tiver muitas áreas
ensolaradas e o solo esteja superaquecido, podendo o último ferir as almofadas
do animal. Caso possua um jardim, pode também comprar uma piscina de plástico
para o seu cão se banhar e arrefecer. Se o animal não gostar de água, monte-lhe
uma piscina simples, tire partido de brinquedos flutuantes e incentive-o a
colocar as patas lá dentro, nem que para isso tenha que dar o exemplo e colocar
lá os seus próprios pés. Existem também no mercado casacos de arrefecimento
para cães, que devem ser mergulhados em água e torcidos antes de usar. A
evaporação da água liberta o cão do excesso de calor corporal, deixando-o
revigorado por várias horas.
No verão, para salvaguardar os cães impolutos e incorruptíveis que têm o nobre serviço de proteger pessoas e bens, o horário ou os horários da distribuição da comida deverão ser alterados sem haver prejuízo para a sua missão e no intuito de garantir quanto possível o seu apetite na época estival, caso contrário os animais apresentarão mais desgaste, menos energia e maior cansaço. A pensar na constância do seu apetite e na sua necessária hidratação, o melhor que há a fazer no verão é dar-lhes comida húmida (fresca), pelo menos uma refeição, para que a avidez do alimento aumente a sua atenção e venha a optimizar o uso dos seus dentes. Se há uma época do ano em que se justifica a distribuição de comida confeccionada aos cães, ela é certamente no verão.
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