Depois
de ter introduzido à Pista Táctica milhares de cães com pedigree e não mais do
que uma arroba de cães sem raça definida (SRD), ontem entrei nela pela primeira
vez com um SRD castrado, o pequeno grande Kiko, amigo que é um dos maiores
desafios da minha carreira como adestrador, a quem vou tentar devolver o
arrojo, a tenacidade e a competitividade que o bisturi lhe roubou. Não sei até
onde poderei chegar com ele, mas tenho a certeza que tudo farei para que vá um
pouco mais além. Este camarada, a rondar os 10 kg, mostrou ter uma
extraordinária capacidade de resolução, mostrando-se particularmente à vontade
nos obstáculos técnicos e nos próprios para o robustecimento de carácter. Na
foto acima vemo-lo a ultrapassar o Pneu, obstáculo que venceu à primeira,
apesar do seu reduzido tamanho. Nos obstáculos elevadores sentiu-se em casa,
vencendo os Bidões com grande naturalidade conforme se pode ver na foto
seguinte.
Na
sequência dos bidões entrou também à vontade na Passerelle e muito melhor
desempenho teria se a sua condutora não se esquecesse que tem que circular na
sua frente, fazendo assim justiça ao aforismo que diz: “candeia que vai na frente alumia duas vezes”.
Na
introdução aos túneis mostrou-se seguro e agradou-se deles, comportamento que é
comum a todos os cães, chegando a aproveitá-los para se escaparem ou esconderem
dos seus donos, quando o trabalho proposto não lhes agrada ou têm outros
interesses (de “burros” não têm nada!).
Disse
no primeiro parágrafo que este SRD mostrou-se particularmente à vontade nos
obstáculos técnicos e nos próprios para o robustecimento de carácter, e não
menti. No GIF abaixo, sem nunca ter visto Baloiço, foi pelo obstáculo acima sem
temor e conseguiu ultrapassá-lo, apesar do aparelho ter sido concebido para
cães com o triplo do seu peso.
De uma coisa pode a Débora estar certa – cão não lhe falta – agora só falta adequar a dona ao seu mini Mustang chocolate! Até hoje, o Kiko nunca me desiludiu e espero continuar a merecer a sua confiança.
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