Apesar
de ter sido apanhado de calças na mão, o Jorge não perdeu o Soneca dentro e
fora de água, garantindo o comando de “junto” conforme lhe houvera sido
solicitado, pormenor testemunhado pelo GIF acima. Por discordância entre a maré
e o horário escolar não possível dotar os cães da necessária técnica de
mergulho preconizada no Plano de Aula, vicissitude que obrigou o Adestrador a
alterar a ordem dos trabalhos, optando por exercícios binomiais de obediência,
individuais e colectivos, de natureza anfíbia. Vindo da Suíça, onde se encontra
a trabalhar, o Luís Rodrigues compareceu mais uma vem nos nossos trabalhos, trazendo
consigo, para além da alegria e da boa disposição, os já tradicionais
chocolatinhos do agrado de todos. Coube-lhe, conforme se pode ver na foto
abaixo, conduzir a SRD Keila.
Apostada
na adaptação ao meio fluvial, a classe em exercício desenvolveu tarefas dinâmicas
e próprias daquele ecossistema, que solicitaram dos cães pronto desempenho
tanto a marchar como a nadar, assim como a sua imobilização e resposta pronta à
chamada.
Num
destes últimos momentos é possível ver o Fila Doc a vir ao encontro do seu dono
perante o olhar atento da CPA Luna, cadela para que adora o meio aquático e os
desafios que oferece, nadando incansavelmente debaixo de uma alegria contagiante.
Alegria
é coisa que não falta ao CPA Doc, que mais uma vez correu desalmado pela praia
fora e que avançou para dentro de água sempre que quis e sem autorização. Na
foto abaixo vemo-lo a sair da água ao lado do seu infatigável condutor, que
agora já tem uns sapatinhos “XPTZ” para proteger os seus pés nos encontros com
as rochas.
Dos
condutores presentes neste trabalho, a Clarinda, mãe da Patrícia e do Pedro, é
o condutor mais recente e dela se pode dizer, atendendo à qualidade da sua
prestação, que também aqui os últimos foram os primeiros – ela e a Luna são
imbatíveis!
Num
percurso em que se exigia o “junto” alinhado em corrida e dentro de água, vemos
o José António às piranhas, porque aranhas nas as havia ali (caranguejos
muitos), com o Doc atrasado e a fazer por auto-recreação a mutação de lado.
Exige-se um controlo mais eficaz do animal.
Do
Paulo e do CPA Bohr há muito tempo se pode dizer: “cara de um; focinho de outro”.
Vale a pena reparar na delicadeza e nos pulinhos que emprestam ao seu
desempenho dentro de água, lembrando os olímpicos saltos para a água exigidos
aos atletas em competição.
No
início dos nossos trabalhos de ontem fomos surpreendidos por largas dezenas de
ciganos, lembrando os seus ajuntamentos de outrora pelos campos fora, com traje
domingueiro na praia e com algumas guitarras e violas à mistura. Pensámos
tratar-se de um arraial, mas disseram-se “pentecostais” e baptizaram no rio
alguns dos seus neófitos. Mais tarde, ainda que em menor número, alguns
brasileiros procederam a um rito idêntico, mas mais gritado do que cantado. Quanto
aos ciganos e ao passar pelos cães, a lengalenga repetia-se: “Ai mãe, que medo!
Que eles mordem-me todo!” No final dos trabalhos procedemos à tradicional foto
de grupo, onde também se fez presente a Leonor, a bela e devotada amiga de
longa data do José Maria.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Clarinda/Luna; Jorge/Soneca; José António/Doc; José Maria/Jay; Luís/Keila; Noé/Ruky e Paulo/Bohr. A reportagem fotográfica esteve a cargo da Rodrigues Patrícia, que necessita de se esmerar nesta arte tão difícil que é a fotografia, cabendo a montagem ao Paulo Jorge que há muito não a fazia.
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