sexta-feira, 20 de agosto de 2021

MUITO BEM, VAMOS A ISSO!

 

Com a Inês a ter que ir provar o fato de noiva (o dia feliz aproxima-se), a Débora ficou sem a sua companheira de instrução habitual, partindo com o Kiko para um novo local de aprendizagem, onde ambos foram convidados para novos desafios, visando a destreza da dona e o robustecimento do carácter do cão. A Débora é uma jovem ambiciosa, vinda do hipismo, que decidiu colocar para si mesma a fasquia muito alta no adestramento que agora iniciou, arrojo que o Adestrador muito apreciou por ser simultaneamente invulgar e ousado – um prémio que tardava na sua já longa carreira. Como a menina tem uma passada regular curta, com cerca de 80 cm, manifestamente insuficiente para acompanhar os restantes binómios nas conduções linear e dinâmica, onde se exige uma passada constante de 120 cm de extensão, a Débora foi convidada para subir com o SRD Kiko umas bancadas de cimento para alcançar gradualmente o alongamento do passo necessário. Como não partiu sozinha, o Kiko foi melhorando a sua capacidade instantânea de salto.

Como se pode ver na foto seguinte, este binómio experimentou pela primeira vez e com êxito o “ESPELHO DE SOLO”, obra de antigos alunos ainda utilizável que permanece no local escolhido para o efeito (à sombra de um velho cedro). No Espelho de Solo procura-se a perfeição dos alinhamentos binomiais no tricomando básico (alto, senta e deita).

O binómio estreou-se também no tronco sobre a vala, exercício que o SRD Kiko parecia conhecer e que executou com espantosa facilidade. Na foto abaixo, vemos o pequeno cão chocolate a fazer o “à frente” perfeitamente enquadrado e seguro.

Assim como fez o “à frente”, do mesmo modo fez “o atrás”, mostrando-se a sua companheira menos segura e propensa ao desequilíbrio, preocupada que ia com o cão, quando este se encontrava literalmente a passear. 

Introduzimos também o Kiko às passagens estreitas e convidámo-lo para caminhar sobre um pequeno muro de 13 cm de largo, exercício que pedimos a todo e qualquer cão independentemente do seu tamanho, desde que se destine a ser cão de guarda ou mostre propensão para o resgate e salvamento. O GIF seguinte mostra a facilidade com o que o SRD venceu o exercício, que para ele, atendendo ao seu tamanho, não tinha qualquer grau de dificuldade.

O binómio exercitou-se também num corredor de blocos quadrados de pedra, elevados a 50 cm e com 3 m de distância entre si. Para além de dotar o cão de maior prontidão e de contribuir para o seu desenvolvimento atlético, importava condicionar a dona a adiantar-se em relação ao animal para que este ao saltar não a carregasse às costas, coisa fácil de acontecer caso alinhasse pelo cão ou progredisse atrás dele.

Mediante o auxílio da trela, o Kiko foi ensinado a sair duma vala (amanhã virá a fazê-lo em liberdade), como subsídio de evasão e preparação para a escalada dos muros ao seu alcance, que oscilarão, presumivelmente, entre os 120 e 180 cm de altura.

A Débora e o Kiko foram também convidados para vencer uma passagem interrompida, que substituiu com propriedade a “Ponte-Quebrada”, obstáculo de endurance que visa aumentar a capacidade instantânea de salto em extensão de um cão. A foto que se segue reporta-se a esse momento do treino e nela está patenteada extraordinária disponibilidade da condutora.

O binómio foi ainda convidado para executar o “à frente” e o “atrás” numa ravina de pedra solta, o que não se revelou ser uma tarefa fácil. Como diz o povo e bem, “para cima todos os santos ajudam”, pois foi só na descida que a condutora “aterrou”.

Como o calor não apertava, a dona estava para as curvas e o cão cheio de energia, optámos por introduzi-los ao Slalom, verificando que a Débora carece de melhor arranque e de começar a dominar os procedimentos que induzem ao sucesso.

Ontem foi também dia de iniciação aos muros e o pequeno grande Kiko não defraudou. Na foto seguinte vemos o momento da marcação do salto numa das primeiras partidas do animal. O muro é de pedra e tem120 cm de altura.

E como quem sobe também desce, ensinámos este valoroso SRD a descer do muro, para diminuir a distância que o separava do solo. Por razões relativas à salvaguarda da integridade física destes animais, nenhum cão deverá descer de um muro a mais de 150 cm do solo.

Num dia de árduo trabalho, terminámos a aula com o seu plano cumprido, com as metas vencidas e com os objectivos alcançados. As fotos são da autoria do namorado da Débora (que de alguma forma se ajeitou), a menina continua de parabéns e o cão é um espanto. Obrigado aos três!

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