quarta-feira, 16 de maio de 2018

QUEM MOSTRA BO ES CAMINHO LONGE? ES CAMINHO PA SÃO TOMÉ

Ontem tivemos uma dúzia de leitores de São Tomé e Princípe, país insular de língua oficial portuguesa (PALOP), constituído por duas ilhas e vários ilhéus, que se situa no Golfo da Guiné e sobre a linha do Equador.
Tardiamente estamos a ser descobertos pelas ex-colónias portuguesas africanas, o que deverá estar relacionado com o particular das suas economias e associado ao facto dos cães não serem um produto de primeira necessidade. Pelo menos é isso que julgamos. Endereçamos o nosso sincero bem-vindo aos leitores santomenses que ontem nos visitaram e estendemo-lo aos que ainda hão-de visitar-nos.
Contrariamente ao que à partida se imaginaria, as Ilhas de São Tomé e Princípe têm uma história muito rica, apesar de só terem sido povoadas depois do seu descobrimento, ocorrido no ano de 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém e Pedro de Escobar ali chegaram.
Nestas ilhas, que serviram como entreposto de escravos e degredo para os judeus, já se produziram o melhor café e o melhor cacau que o mundo já viu. Ali existiram as roças melhor estruturadas e apetrechadas do ultramar português, esplendor hoje em cacos e apenas visível nas linhas e comboios abandonados.
As gentes de São Tomé são alegres, afáveis, simples e sempre prontas a ajudar, estão acostumadas a viver com muito pouco e não se queixam. 
Hoje a sua população é mais urbana que rural e a actividade pesqueira continua a ser uma das principais actividades económicas do país.
O Clima ali é equatorial, quente e húmido, com temperaturas anuais que variam entre os 22 e os 30 graus celsius.  Este é um país rico em microclimas, definidos pela pluviosidade, localização e temperatura, variando a última em função da altitude e do relevo.
São Tomé é hoje um destino preferencial para os turistas europeus e americanos que gostam de conviver com gente boa, que são dominados pela evasão, que gostam de embrenhar-se por matas luxuriantes e usufruir duma paisagem pouco vista, tanto à beira-mar como no interior das ilhas.
Local de peregrinação obrigatória é o Parque Nacional de Ôbo, onde poderão ser vistas infindas espécies endémicas, já que o país tem uma fauna e uma flora de grande riqueza, ocupando as aves um lugar de destaque.
Por terra ou por mar, São Tomé é um mundo à parte, um paraíso equatorial que infelizmente poucos conhecem, apesar de poder ser um lugar retemperador para muitos. Quanto a nós, que venham mais visitantes santomenses, pois é isso que sinceramente desejamos, apostados que andamos em reatar os laços históricos que nos ligam a todas as partes do mundo.     

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