Ontem tivemos uma dúzia de
leitores de São Tomé e Princípe, país insular de língua oficial portuguesa (PALOP),
constituído por duas ilhas e vários ilhéus, que se situa no Golfo da Guiné e
sobre a linha do Equador.
Tardiamente estamos a ser
descobertos pelas ex-colónias portuguesas africanas, o que deverá estar
relacionado com o particular das suas economias e associado ao facto dos cães
não serem um produto de primeira necessidade. Pelo menos é isso que julgamos.
Endereçamos o nosso sincero bem-vindo aos leitores santomenses que ontem nos
visitaram e estendemo-lo aos que ainda hão-de visitar-nos.
Contrariamente ao que à
partida se imaginaria, as Ilhas de São Tomé e Princípe têm uma história muito
rica, apesar de só terem sido povoadas depois do seu descobrimento, ocorrido no
ano de 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém e Pedro de
Escobar ali chegaram.
Nestas ilhas, que serviram
como entreposto de escravos e degredo para os judeus, já se produziram o melhor
café e o melhor cacau que o mundo já viu. Ali existiram as roças melhor estruturadas
e apetrechadas do ultramar português, esplendor hoje em cacos e apenas visível nas
linhas e comboios abandonados.
Hoje a sua população é
mais urbana que rural e a actividade pesqueira continua a ser uma das
principais actividades económicas do país.
O Clima ali é equatorial,
quente e húmido, com temperaturas anuais que variam entre os 22 e os 30 graus
celsius. Este é um país rico em
microclimas, definidos pela pluviosidade, localização e temperatura, variando a
última em função da altitude e do relevo.
São Tomé é hoje um destino
preferencial para os turistas europeus e americanos que gostam de conviver com
gente boa, que são dominados pela evasão, que gostam de embrenhar-se por matas
luxuriantes e usufruir duma paisagem pouco vista, tanto à beira-mar como no
interior das ilhas.
Local de peregrinação
obrigatória é o Parque Nacional de Ôbo, onde poderão ser vistas infindas
espécies endémicas, já que o país tem uma fauna e uma flora de grande riqueza,
ocupando as aves um lugar de destaque.
Por terra ou por mar, São
Tomé é um mundo à parte, um paraíso equatorial que infelizmente poucos
conhecem, apesar de poder ser um lugar retemperador para muitos. Quanto a nós,
que venham mais visitantes santomenses, pois é isso que sinceramente desejamos,
apostados que andamos em reatar os laços históricos que nos ligam a todas as
partes do mundo.
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