Na cidade alemã de Passau,
na Baixa Baviera, também conhecida por “Dreiflüssestadt”, onde o Danúbio
encontra os rios Inn e Ilz, já existe um “Dackelmuseum” (um Museu Dachshund),
obra de dois floristas apaixonados pela raça, os S.rs Josef Küblbeck e Oliver
Storz, ambos na foto seguinte.
A inauguração deste museu
dedicado ao “salsicha” aconteceu no passado dia 2 de Abril e o espaço, decorado
com muito bom gosto, encontra-se recheado com 4.500 itens relacionados com esta
raça de cães, nomeadamente com estampas, bibelots e estatuetas.
A ideia por detrás deste
museu, segundo afirmou Küblbeck ao repórter da Reuters Charley-Kai John, foi a
de dar àquela raça canina uma casa que as pessoas pudessem visitar e dividir a
sua alegria, até porque a popularidade do Dachshund não pára de aumentar.
Convém lembrar que esta
raça de cães foi criada para ajudar na caça ao texugo, um passatempo que se
tornou popular na Europa do Séc. XVII, porquanto conseguia entrar nas tocas dos
texugos. Com a sua aptidão reconhecida, no século seguinte (Séc. XVIII), os
cães salsicha já se encontravam presentes em todos os livros de caça.
De acordo com o que Caroline
Coile diz no “The Dachshund Handbook”, os primeiros cães salsicha genuínos
surgiram na terra da salsicha. Certo é que se tornaram bastante populares na
Baviera, ao ponto do símbolo das Olimpíadas de Munique de 1972 (1) ser o cão “Waldi”, nada mais nada menos que
um salsicha às cores.
De regresso ao museu e aos seus criadores, que abandonaram os empregos
para se dedicarem à sua obra, dever que consideram sagrado perante o mundo que
necessita de um museu de dachshunds, vale a pena ir a Passau e visitar o recém-inaugurado
“Dackelmuseum”.
E porque todos aprendemos com todos, não
mereceria o Podengo Português idêntica menção e homenagem? Quem se fez rei nos
nossos campos, várzeas, charnecas, silvados, outeiros e montados? Também os
cães daqui, para serem homenageados, precisam de morrer primeiro? Tudo indica
que sim!
(1) Estas
Olimpíadas foram tristemente manchadas pelo sangue de 11 atletas israelitas
mortos por 8 terroristas palestiniaos fortemente armados, assassínio que ficou
conhecido como o “Massacre de Berlim”. Nunca se saberá ao certo, mas há quem
diga que se o Chanceler Willy Brandt tivesse dado ouvidos a Golda Meir (1ª Ministra de Israel) e
permitisse a intervenção de uma equipa de Operações Especiais do Tzahal (Forças
Armadas de Israel), o desfecho teria sido bem diferente.
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