terça-feira, 8 de maio de 2018

PASSAU JÁ TEM UM DACKELMUSEUM

Na cidade alemã de Passau, na Baixa Baviera, também conhecida por “Dreiflüssestadt”, onde o Danúbio encontra os rios Inn e Ilz, já existe um “Dackelmuseum” (um Museu Dachshund), obra de dois floristas apaixonados pela raça, os S.rs Josef Küblbeck e Oliver Storz, ambos na foto seguinte.
A inauguração deste museu dedicado ao “salsicha” aconteceu no passado dia 2 de Abril e o espaço, decorado com muito bom gosto, encontra-se recheado com 4.500 itens relacionados com esta raça de cães, nomeadamente com estampas, bibelots e estatuetas.
A ideia por detrás deste museu, segundo afirmou Küblbeck ao repórter da Reuters Charley-Kai John, foi a de dar àquela raça canina uma casa que as pessoas pudessem visitar e dividir a sua alegria, até porque a popularidade do Dachshund não pára de aumentar.
Convém lembrar que esta raça de cães foi criada para ajudar na caça ao texugo, um passatempo que se tornou popular na Europa do Séc. XVII, porquanto conseguia entrar nas tocas dos texugos. Com a sua aptidão reconhecida, no século seguinte (Séc. XVIII), os cães salsicha já se encontravam presentes em todos os livros de caça.
De acordo com o que Caroline Coile diz no “The Dachshund Handbook”, os primeiros cães salsicha genuínos surgiram na terra da salsicha. Certo é que se tornaram bastante populares na Baviera, ao ponto do símbolo das Olimpíadas de Munique de 1972 (1) ser o cão “Waldi”, nada mais nada menos que um salsicha às cores.
De regresso ao museu e aos seus criadores, que abandonaram os empregos para se dedicarem à sua obra, dever que consideram sagrado perante o mundo que necessita de um museu de dachshunds, vale a pena ir a Passau e visitar o recém-inaugurado “Dackelmuseum”.
E porque todos aprendemos com todos, não mereceria o Podengo Português idêntica menção e homenagem? Quem se fez rei nos nossos campos, várzeas, charnecas, silvados, outeiros e montados? Também os cães daqui, para serem homenageados, precisam de morrer primeiro? Tudo indica que sim!
(1) Estas Olimpíadas foram tristemente manchadas pelo sangue de 11 atletas israelitas mortos por 8 terroristas palestiniaos fortemente armados, assassínio que ficou conhecido como o “Massacre de Berlim”. Nunca se saberá ao certo, mas há quem diga que se o Chanceler Willy Brandt tivesse dado ouvidos a Golda Meir (1ª Ministra de Israel) e permitisse a intervenção de uma equipa de Operações Especiais do Tzahal (Forças Armadas de Israel), o desfecho teria sido bem diferente.

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