segunda-feira, 7 de maio de 2018

E PORQUE AINDA HÁ UM RÁCIO DE 0,1%...

O rácio de cães adoptados que agridem os seus novos donos é de 0,1% (1 em 1000), valor estimado a partir das notícias que vêm a lume, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos. É possível que esse número seja menor em Portugal devido ao tipo de cães e à prática generalizada da castração, com a qual não concordamos, mas que somos obrigados a aceitar - como um mal necessário - devido à falta de informação e experiência de quem adopta e à desconsideração do seu agregado familiar, que doutra forma poderiam ver a sua integridade em risco.
E porque ainda subsiste um rácio 0,1 de cães que podem agredir quem os adopta, no Condado de Caldwell, no Estado da Carolina do Norte/USA, uma menina de 4 anos foi atacada na última Quarta-feira, dentro de sua casa e na presença da mãe, por um cão (Pitbull) que a sua família havia adoptado recentemente (o animal só esteve dois meses no abrigo para adopção). O Cão entrou na sala onde se encontravam ambas e jogou-se de imediato à cara da menina, atingindo-a gravemente ao redor do olho esquerdo (por pouco não perdeu o olho). Depois disto, foi entregue no Caldwell County Animal Shelter, onde permanecerá sobre observação para se proceder ao despiste da raiva. Escusado será dizer que a família não o quer de volta, nem mesmo pintado!
Se você tem crianças pequenas, endiabradas, com reduzido senso de responsabilidade e pretende adoptar um cão, não o deverá fazer de modo aleatório, porque corre o perigo de vê-las atacadas pelo animal, o que ninguém deseja mas que sempre acontece, despropósito de graves consequências que poderá resultar até na morte das crianças, já que os cães não são todos uns “anjinhos” e se o forem, sempre poderá haver no seu meio um “caído do céu”, um lobo disfarçado de cordeiro.
Para que não aconteça nada de grave às crianças e possam crescer ao lado dos cães sem contratempos, convém considerar seis (6) condições, são elas: a castração do animal, a sua idade, sexo, raça, envergadura e tempo de permanência no abrigo. E tudo isto porquê? Porque os cães castrados são notoriamente menos agressivos, os cachorros adaptam-se com maior facilidade, as cadelas são mais dóceis, os cães de raça perigosa são mais propensos a atacar, os muito fortes a levar tudo à frente e é de todo conveniente conhecer o comportamento do cão a adoptar.
Assim, o animal ideal para quem tem crianças, caso se opte por um cachorro, é procurar uma cachorra de tamanho médio, que em adulta pese entre 12 e 27 kg, já castrada ou a castrar. Caso a opção recair sobre um animal adulto, aconselhamos a escolha de cadela castrada, com o peso atrás recomendado, sem ser de raça perigosa e com o tempo suficiente no abrigo para se conhecer a totalidade das suas reacções e comportamento.
Ainda que todas as condições adiantadas sejam importantes, a última, a relativa ao tempo de permanência no abrigo, é suma importância, porque os disparates perpetrados por cães são mais comuns nos recém-chegados e castrados recentemente, animais de quem se sabe pouco e que poderão vir a revelar-se impróprios para certos lares e um perigo iminente para as crianças, como foi o caso ocorrido no Condado de Caldwell, de que atrás demos notícia e que foi divulgado pela agência noticiosa WSOC-Charlotte.
Só considerámos aqui as condições exigíveis para a segurança e salvaguarda das crianças pequenas, não a totalidade das condições necessárias a uma boa instalação doméstica canina, assunto que oportunamente abordaremos com muito gosto pela sua actualidade e utilidade.

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