terça-feira, 1 de maio de 2018

O MUNDO À NOSSA VOLTA: KONI NO XADREZ POLÍTICO INTERNACIONAL

Como não importa criar suspense, adiantamos desde já quem é a KONI, uma inocente e bonacheirona Labradora preta que é propriedade do senhor todo-poderoso da Rússia – Vladimir Putin. Perguntar-nos-ão: Como é que uma cadela entrou para a política internacional? Pelas mãos do dono, como seria de esperar, mais propriamente na casa deste em Sochi quando se encontrou com a Chanceler alemã Angela Merkel em 2007, senhora que é cinófoba como é do conhecimento geral. Putin ordenou à cadela que fosse cumprimentar a sua homóloga alemã, mesmo sabendo que ela tinha medo de cães, supostamente por ter sido mordida por um em 1995, truque que segundo alguns foi engendrado para intimidar e envergonhar Angela Merkel diante da imprensa, uma mulher inteligente e uma grande líder europeia do pós II Guerra Mundial.
Sobre o incidente, Putin disse que não tinha intenção de assustar Merkel quando trouxe a Koni para Sochi, que apenas desejava “fazer-lhe algo de bom”, desculpando-se quando descobriu que a teutónica tinha pavor de cães, argumento desmentido pelo New York Times que diz ter sido Putin informado pelo Kremlin sobre o medo de cães da Chanceler em 2006 (um ano antes), quando a presenteou com um cachorro de peluche. Merkel também não se convenceu da inocência de Putin e disse que ele usou a Labradora em Sochi “para provar que é um homem”. Como cães é coisa que não lhe falta, terá o homem de Leninegrado algum já preparado para morder a quem se sentar ao seu lado? Nada é de estranhar num ex-agente da KGB!
O assunto já tem barbas, mas há menos de um mês atrás, Hillary Clinton, que tem uma implicância desmedida com Putin, trouxe-o de novo para a ribalta, acusando o líder russo de “misógino de classe mundial”, um indivíduo sem escrúpulos em usar um cão para intimidar uma mulher poderosa, dizendo ainda que o presidente russo usa tácticas de medo contra mulheres líderes, segundo fez saber à revista People. E “como misógino de classe mundial que é, disse algumas coisas muitos desdenhosas de mim e de outras mulheres no poder”, segundo publicou a Newsweek.
A raiva de Hillary Clinton em relação a Putin resultou duma entrevista que este deu à televisão francesa antes das últimas eleições nos Estados Unidos, eleições a que a Sr.ª Clinton concorreu e saiu vencida. Nessa entrevista ele descreveu-a como “fraca” e adiantou alguns comentários sarcásticos sobre as mulheres, dizendo inclusive que “é melhor não discutir com mulheres” e que “Hillary nunca foi muito graciosa nas suas declarações” e que “os seus comentários, por serem extremos, são semelhantes aos de Hitler”, quando esta disse que “ o líder russo estava a tentar redesenhar as fronteiras da Europa oriental como Hitler fez em 1930”, pelas suas políticas agressivas contra a Ucrânia e pela anexação da Crimeia por Moscovo.
Se Putin é misógino ou não pouco me importa, mas não deixo de achar curioso como a simples entrada de um cão numa sala tenha gerado tanta polémica! Pensando bem, se Putin for misógino, a ideia não me desagrada, porque assim não dará ao mundo outros ditadores como ele, o que será muito bom para as gerações vindouras, carentes de paz e fraternidade, não de narcisistas e infanticidas.
Quanto à Koni, desejamos-lhe saúde, bem-estar e longa vida, porque aparenta ser boa menina e ter um olhar mais confiável e menos velhaco que o dono!

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