Antes que a balbúrdia
começasse na Praça, porque os simpatizantes políticos alcançam-se agora com
concertos gratuitos ao ar livre, sejam pimbas, pró-pimbas ou não, convidámos o
binómio Paulo/Bohr para usufruir desta radiosa manhã de sol, onde ao invés de
pessoas encontrámos flores, enquanto a cidade dormia até tarde e os pássaros
chilreavam há muito nas árvores.
Maio é aqui o mês das
flores, de mil e um odores campestres, dos arbustos que florescem por toda a
parte, do sol e da brisa fresca, do zumbido alegre dos insectos e do Zéfiro que
pouco a pouco vai substituindo o vento leste.
Os portugueses, como gente
sensível que são, adoram flores e por todo o lado podemos vê-las, tanto nas
varandas como nas praças e jardins. Maio marca também o início da ida aos
hortos e viveiros de plantas, cuja época de maior procura coincide com a
balnear. Há preços para todas as bolsas e alguns para muito poucos.
O Bohr não sabe por que
razão se viu obrigado a posar junto de canteiros e vasos floridos, mas também
não se importou. No meio do nosso trajecto citadino passámos pelos pescadores
do costume, velhos lobos-do-mar em vendas clandestinas, que à sombra de um
supermercado tentam vender o produto da sua pequena faina, também eles e as amêijoas
rodeados de flores.
No nosso passeio de uma
hora, não sabemos quantas flores diferentes vimos, mas tenho absoluta certeza
que, se voltássemos atrás, ainda encontraríamos outras que ainda não tínhamos visto.
Parte do caminho, para matar saudades de outros tempos, conduzi o Bhor e não me
arrependi, porque entendo-me bem com ele, o dia estava de feição e quem sabe
nunca esquece. Bom feriado!
Sem comentários:
Enviar um comentário