terça-feira, 1 de maio de 2018

ANTES QUE A BALBÚRDIA ESTALASSE NA PRAÇA

Antes que a balbúrdia começasse na Praça, porque os simpatizantes políticos alcançam-se agora com concertos gratuitos ao ar livre, sejam pimbas, pró-pimbas ou não, convidámos o binómio Paulo/Bohr para usufruir desta radiosa manhã de sol, onde ao invés de pessoas encontrámos flores, enquanto a cidade dormia até tarde e os pássaros chilreavam há muito nas árvores.
Maio é aqui o mês das flores, de mil e um odores campestres, dos arbustos que florescem por toda a parte, do sol e da brisa fresca, do zumbido alegre dos insectos e do Zéfiro que pouco a pouco vai substituindo o vento leste.
Os portugueses, como gente sensível que são, adoram flores e por todo o lado podemos vê-las, tanto nas varandas como nas praças e jardins. Maio marca também o início da ida aos hortos e viveiros de plantas, cuja época de maior procura coincide com a balnear. Há preços para todas as bolsas e alguns para muito poucos.
O Bohr não sabe por que razão se viu obrigado a posar junto de canteiros e vasos floridos, mas também não se importou. No meio do nosso trajecto citadino passámos pelos pescadores do costume, velhos lobos-do-mar em vendas clandestinas, que à sombra de um supermercado tentam vender o produto da sua pequena faina, também eles e as amêijoas rodeados de flores.
No nosso passeio de uma hora, não sabemos quantas flores diferentes vimos, mas tenho absoluta certeza que, se voltássemos atrás, ainda encontraríamos outras que ainda não tínhamos visto. Parte do caminho, para matar saudades de outros tempos, conduzi o Bhor e não me arrependi, porque entendo-me bem com ele, o dia estava de feição e quem sabe nunca esquece. Bom feriado!

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