Faz todo o sentido para quem gosta de cães, treina-os para segurança e tem
conhecimento dos riscos que correm, equipá-los com um colete que os proteja
contra balas e contra facas, equipamento que a nosso ver deveria ser
obrigatório para os cães policiais e de guerra, tendo em conta a natureza dos
seus serviços e o tipo de inimigos que têm pela frente. Se entendermos estes
animais como polícias e soldados, então teremos que considerar em simultâneo a
sua salvaguarda, porque doutro modo estarão a ser enviados para uma “roleta
russa”.
Equipar com coletes destes uma Companhia K9 média (de 40 a 80 cães) não
é barato, mas é possível ter meia-dúzia deles à disposição dos animais cujos
serviços envolvem maiores riscos. Este é o nosso entendimento, o que não impede
que muitos cães policiais andem por este mundo “a dar o corpo às balas”, o que
para nós é criminoso.
Anteontem, ao perscrutar a imprensa norte-americana online, demos de
caras com uma notícia relativa a este assunto, oriunda do HILLSBORO
TRIBUNE, que noticiava a
atribuição de uma armadura destas para um cão-polícia chamado DOZER, um PASTOR BELGA MALINOIS com 1 ano de idade e pertencente ao DEPARTAMENTO
DE POLÍCIA DE HILLSBORO, no
Estado do OREGON, o 3º cão a receber uma armadura vinda da Costa Leste, graças a uma
doação beneficente de uma organização sem fins lucrativos sediada no Massachusetts.
Estes coletes/arneses são fornecidos pela VESTED INTEREST, empresa que tem sido responsável pela sua
distribuição à polícia de Hillsboro nos últimos anos.
O DOZER, que
nasceu na Holanda, constitui binómio com a agente Denise Lemen e está treinado
para localizar pessoas, proceder à recuperação de evidências e proteger a sua
líder. No seu colete, que lhe será entregue dentro de 8 a 10 semanas, será
bordada a seguinte frase:” Em memória da Chicken, Miss Kitty e K9 Billy”, cães
policiais desaparecidos no cumprimento do dever. Escusado será dizer que os
cães do Departamento de Polícia de Hillsboro são frequentemente utilizados nos
confrontos com suspeitos perigosos e que muitos acabam por perecer, tanto que o
maior parque da cidade tem o nome de HONDO, em homenagem a um cão-polícia que foi baleado mortalmente durante uma
briga com um suspeito no Ano de 1997.
Diante destes factos, que se repetem diariamente um pouco por toda a
parte, e enquanto não tivermos cães-polícia robots, importa proteger os que
temos de “carne e osso”, porque doutro modo estaremos a apressar-lhes
indevidamente a morte pela natureza desigual dos seus combates. Dirijo-me agora
aos Sr.s Comandantes das Companhias Cinotécnicas e aos Sr.s Directores de Empresas de Segurança que trabalham com cães e que nos lêem, sejam elas
nacionais ou estrangeiras: Meus Senhores, é vossa obrigação encontrar os meios
necessários para aumentar a protecção dos cães ao vosso encargo.
Seria bom que nos ouvissem, fossem empreendedores, tivessem a mesma
consideração pelos animais que nós temos e que soubessem escolher os arneses
certos, que se desejam práticos de aplicar, duradouros, fortes e leves, sem
promoverem o superaquecimento dos animais e possibilitando a sua livre
movimentação. Os cães de guarda deveriam ter equipamento igual? Não vemos onde
esteja a dúvida!
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