quarta-feira, 2 de maio de 2018

ARNÊS CONTRA BALAS E FACAS PARA TODOS!

Faz todo o sentido para quem gosta de cães, treina-os para segurança e tem conhecimento dos riscos que correm, equipá-los com um colete que os proteja contra balas e contra facas, equipamento que a nosso ver deveria ser obrigatório para os cães policiais e de guerra, tendo em conta a natureza dos seus serviços e o tipo de inimigos que têm pela frente. Se entendermos estes animais como polícias e soldados, então teremos que considerar em simultâneo a sua salvaguarda, porque doutro modo estarão a ser enviados para uma “roleta russa”.
Equipar com coletes destes uma Companhia K9 média (de 40 a 80 cães) não é barato, mas é possível ter meia-dúzia deles à disposição dos animais cujos serviços envolvem maiores riscos. Este é o nosso entendimento, o que não impede que muitos cães policiais andem por este mundo “a dar o corpo às balas”, o que para nós é criminoso.
Anteontem, ao perscrutar a imprensa norte-americana online, demos de caras com uma notícia relativa a este assunto, oriunda do HILLSBORO TRIBUNE, que noticiava a atribuição de uma armadura destas para um cão-polícia chamado DOZER, um PASTOR BELGA MALINOIS com 1 ano de idade e pertencente ao DEPARTAMENTO DE POLÍCIA DE HILLSBORO, no Estado do OREGON, o 3º cão a receber uma armadura vinda da Costa Leste, graças a uma doação beneficente de uma organização sem fins lucrativos sediada no Massachusetts. Estes coletes/arneses são fornecidos pela VESTED INTEREST, empresa que tem sido responsável pela sua distribuição à polícia de Hillsboro nos últimos anos.
O DOZER, que nasceu na Holanda, constitui binómio com a agente Denise Lemen e está treinado para localizar pessoas, proceder à recuperação de evidências e proteger a sua líder. No seu colete, que lhe será entregue dentro de 8 a 10 semanas, será bordada a seguinte frase:” Em memória da Chicken, Miss Kitty e K9 Billy”, cães policiais desaparecidos no cumprimento do dever. Escusado será dizer que os cães do Departamento de Polícia de Hillsboro são frequentemente utilizados nos confrontos com suspeitos perigosos e que muitos acabam por perecer, tanto que o maior parque da cidade tem o nome de HONDO, em homenagem a um cão-polícia que foi baleado mortalmente durante uma briga com um suspeito no Ano de 1997.
Diante destes factos, que se repetem diariamente um pouco por toda a parte, e enquanto não tivermos cães-polícia robots, importa proteger os que temos de “carne e osso”, porque doutro modo estaremos a apressar-lhes indevidamente a morte pela natureza desigual dos seus combates. Dirijo-me agora aos Sr.s Comandantes das Companhias Cinotécnicas e aos Sr.s Directores de Empresas de Segurança que trabalham com cães e que nos lêem, sejam elas nacionais ou estrangeiras: Meus Senhores, é vossa obrigação encontrar os meios necessários para aumentar a protecção dos cães ao vosso encargo.
Seria bom que nos ouvissem, fossem empreendedores, tivessem a mesma consideração pelos animais que nós temos e que soubessem escolher os arneses certos, que se desejam práticos de aplicar, duradouros, fortes e leves, sem promoverem o superaquecimento dos animais e possibilitando a sua livre movimentação. Os cães de guarda deveriam ter equipamento igual? Não vemos onde esteja a dúvida! 

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