Se o seu cão é um atleta e
passa a vida a fazer exercício, convém-lhe conhecer as conclusões de um estudo
publicado no passado dia 8 por investigadores da UNIVERSITY
OF ILLINOIS COLLEGE OF AGRICULTURAL, CONSUMER AND ENVIRONMENTAL SCIENCES,
acerca do maior ou menor consumo de antioxidantes por parte dos cães e qual a
melhor dieta para atender às necessidades dos atletas caninos.
O estudo, que teve uma duração
de 7 meses, assentou sobre cães caçadores, nomeadamente os pertencentes a um
canil de Foxhounds no Alabama ao longo da temporada de caça. Os cães foram
divididos em dois grupos para efeitos de alimentação, a uns foi distribuída uma
dieta comercial de alto desempenho e a outros igual dieta reforçada com
antioxidantes (vitaminas C e E, luteína, zinco e taurina), a que convencionaram
chamar “dieta teste”. Durante o estudo, os cães de ambos os grupos
realizaram duas a três caçadas por semana, cada uma com uma duração de duas a cinco
horas de duração.
Durante os 7 meses que o
estudo durou, os pesquisadores colectaram quatro vezes sangue para análise,
esperando que os cães alimentados com a dieta teste tivessem uma menor
concentração de marcadores de stresse oxidativo e melhor desempenho em
comparação com os cães alimentados com a dieta comercial. Contudo, o desempenho
dos cães não foi afectado pelas dietas, mas a dieta teste melhorou as medidas
indirectas do stress oxidativo, o que equivale a dizer que a adição de
antioxidantes na dieta melhora o desempenho canino nos exercícios mais
extenuantes e quanto as exigências metabólicas são maiores.
O aminoácido taurina(1),
antes considerado como não essencial para os cães, mas agora reconhecido como
um importante nutriente para a saúde do coração, diminuiu ao longo da temporada
nos cães alimentados com a dieta comercial. O mesmo padrão ocorreu com a
vitamina E. Embora um cão se tenha aproximado dum nível criticamente baixo de
taurina durante o estudo, todos os cães alimentados com a dieta comercial
permaneceram dentro da faixa normal para todos os metabólitos(2)
sanguíneos. Nos cães alimentados com a dieta teste, os níveis de taurina e
vitamina E mantiveram-se dentro ou acima da linha de base.
Os
resultados obtidos sugerem que os níveis de antioxidantes são comprometidos em
cães atletas sujeitos a duros esforços, como é caso dos cães de trenó, que
podem experimentar uma maior depleção(3). Assim, os pesquisadores concluem que os
cães atletas podem beneficiar com a suplementação de Vitamina E e de taurina
para minimizar a oxidação e manter o status do aminoácido. Apesar do
que acabámos de transmitir, aconselhamos aos nossos leitores a não darem
qualquer tipo de suplementos aos seus cães sem antes consultarem o seu veterinário
assistente.
(1) ácido 2-aminoetanossulfónico, um aminoácido
orgânico que contém enxofre e que é abundante por todo o
corpo, desde o coração, aos músculos, à retina e ao cérebro. (2) Compostos que resultam do processo de metabolismo.
(3) Diminuição quantitativa de líquido ou
matéria contidos no corpo (neste caso diminuição substantiva dos níveis de
antioxidantes no sangue).
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