Na longínqua Nova Zelândia,
um dos oito países que têm corridas de galgos com apostas no Mundo, um tal de
Denis Schofield, de 77 anos de idade, treinador de galgos, que estranhamente havia
sido membro do Comité Judicial da Associação de Galgos de Corrida da Nova
Zelândia, foi banido por 2 anos das competições, facto que ficou a dever aos
testes positivos das drogas metanfetamina e anfetamina encontradas nos seus
cães. A referida proibição, entregue a Schofield no final da semana passada,
foi aplicada pela Autoridade de Controlo Judicial (JCA), autoridade independente
que funciona como tribunal desportivo no que concerne às corridas de galgos.
A recorrência a drogas não
é nenhuma novidade nos cães da Família Schofield (o seu filho David é também
treinador) que ao longo dos anos tem vindo a ser multada por isso mesmo. Denis,
o pai, pelo mesmo motivo e em 2011 foi multado em 1035 dólares e em 2016 o seu
filho viu a sua licença caçada pela Greyhound Racing of New Zealand. No
tribunal e perante a inibição de concorrer, Denis Schofield disse temer pela
sua sobrevivência (realmente já não está em idade de trabalhar, mas parece que
ainda precisa de ganhar juízo. Já será tarde?).
A pena aplicada a este galgueiro
foi saudada pelo Partido dos Verdes naquele país, que não se tem calado acerca
das drogas administradas aos galgos dali, também responsáveis pelo abate de
1447 animais nas temporadas de 2013/14 e 2016/2017, número que não é absoluto,
uma vez que houve mais 1271 que ainda não foram contabilizados.
O Porta-voz do Partido dos
Verdes, Gareth Hughes, depois de dizer que a pena aplicada a Denis Schofield
foi mais uma má notícia para as corridas de galgos e para a sua indústria, que
segundo ele se preocupa mais em ganhar do que com a saúde dos animais, adiantou
ainda: “Apenas oito países do mundo têm indústrias comerciais de corridas de
galgos e este último incidente levanta a questão se, de facto, deveria ser
reduzido a sete. "A indústria precisa de provar imediatamente que pode
operar de maneira humana, com padrões decentes de bem-estar animal. Os galgos
não devem ser drogados para o prazer de ver e jogar das pessoas”.
O ocorrido tem tudo a ver
com o vício do jogo, com o vil metal, com a ganância e também com a vaidade,
falsos predicados que induzem à ruína e que neste caso condenam também os cães
à morte. Barbaridades destas só acontecem no canto mais recôndito do mundo?
Seria bom, mas não é! Há quem jure a pés juntos que aqui também se drogam galgos
e que alguns são sacrificados depois das provas, apesar dos prémios serem de
pouca monta, ao contrário da vaidade que nunca se dá por satisfeita. Não seria
melhor, ao invés de andarmos a drogar e a sacrificar cães, empreendermos várias
corridas tradicionais de saco só com adultos, mantendo na mesma as apostas?
Penso que seria mais justo, pedagógico, saudável, ecológico e divertido.
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