quarta-feira, 16 de maio de 2018

ERAM PEQUENOS, MAS MATARAM!

Uma hispano-americana, Tracy Garcia, de 52 anos de idade, que deixa um casal de filhos, foi atacada até à morte por uma matilha de 7 cães na última Quinta-feira, descritos como cruzados de Dachshund e propriedade de um vizinho, em Ardmore, no Estado do Oklahoma. Um dos cães assassinos foi baleado pela polícia e os restantes foram sacrificados. A co-directora do Hospital Veterinário de Westwood, Tena Layton, disse ao THE DAILY ARDMOREITE que seis dos cães tinham cerca de um ano de idade e que outro tinha 3, uma cadela que se pensa ser a mãe dos restantes.
Tudo indica que descendia de Border Collie, enquanto os mais novos evidenciavam uma mistura padrão de Dachshund e Terrier, isto segundo a técnica de eutanásia  Amanda Dinwiddie. Verificou-se que os cães estavam infestados de parasitas e que possivelmente estavam a viver numa floresta próxima. Nenhum dos cães tinha as pernas mais compridas que um palmo de uma pessoa adulta. Como sempre sucede nestas ocasiões, Chris Bryant, Sheriff do Condado de Carter, manifestou as suas condolências à família da vítima.
São várias as lições que podemos tirar desta trágica ocorrência, daí o motivo que nos levou a optar por esta notícia. A primeira é que qualquer matilha suficientemente numerosa pode ser letal, mesmo que o tamanho dos cães seja irrisório, como ficou provado em Ardmore. A este respeito convém lembrar o que dissemos sobre o Azawakh, o lebrel da África Negra, que em matilha torna-se perigoso e é capaz de abater presas substancialmente maiores do que ele.
A segunda lição tem a ver com a possível infusão de sangue terrier nestes pequenos assassinos, porque os terriers, do maior ao mais pequeno, do Terrier Russo Negro até ao Yorkshire, são cães de extermínio decididos e valentes, verdade que os russos conhecem e que todos conhecemos, apesar dos seus criadores insistirem em dizer o contrário. Uma matilha de terriers convenientemente hierarquizada é capaz de grandes estragos, de matar pessoas inclusive, verdade que o ocorrido não desmente
A terceira lição aponta para o viver social dos cães que vitimaram Tracy Garcia, que ao que tudo indica viviam numa floresta próxima, arredados da presença, dos cuidados e da liderança humana, entregues a si próprios e escalonados em matilha através lei do mais forte, como se fossem, e foram, uma força autónoma. O passar da liderança, que compete aos humanos, para os animais pode ser extremamente perigoso e ter consequências para alguns imprevisíveis, porque matilhas assim não respeitam intromissões, os seus elementos vivem para a matilha e apenas obedecem ao seu líder, o que é um tremendo disparate.
Até ao momento ainda ninguém foi preso em Ardmore, mas o dono dos cães abatidos dificilmente escapará impune, uma vez que os cães assassinos eram seus. Espero que seja apertado e bem, porque a responsabilidade é sua e a sua irresponsabilidade torna-o culpado do sucedido, porque cães assim devem estar encerrados, nunca soltos à espera de vítimas.

Sem comentários:

Enviar um comentário