Uma hispano-americana,
Tracy Garcia, de 52 anos de idade, que deixa um casal de filhos, foi atacada
até à morte por uma matilha de 7 cães na última Quinta-feira, descritos como
cruzados de Dachshund e propriedade de um vizinho, em Ardmore, no Estado do
Oklahoma. Um dos cães assassinos foi baleado pela polícia e os restantes foram
sacrificados. A co-directora do Hospital Veterinário de Westwood,
Tena Layton, disse ao THE
DAILY ARDMOREITE que seis dos cães tinham cerca de um ano
de idade e que outro tinha 3, uma cadela que se pensa ser a mãe dos restantes.
Tudo indica que descendia
de Border Collie, enquanto os mais novos evidenciavam uma mistura padrão de
Dachshund e Terrier, isto segundo a técnica de eutanásia Amanda Dinwiddie. Verificou-se que os
cães estavam infestados de parasitas e que possivelmente estavam a viver numa
floresta próxima. Nenhum dos cães tinha as pernas mais compridas que um palmo
de uma pessoa adulta. Como sempre sucede nestas ocasiões, Chris Bryant, Sheriff
do Condado de Carter, manifestou as suas condolências à família da vítima.
São várias as lições que
podemos tirar desta trágica ocorrência, daí o motivo que nos levou a optar por
esta notícia. A primeira é que qualquer matilha suficientemente numerosa pode
ser letal, mesmo que o tamanho dos cães seja irrisório, como ficou provado em
Ardmore. A este respeito convém lembrar o que dissemos sobre o Azawakh, o
lebrel da África Negra, que em matilha torna-se perigoso e é capaz de abater
presas substancialmente maiores do que ele.
A segunda lição tem a ver
com a possível infusão de sangue terrier nestes pequenos assassinos, porque os
terriers, do maior ao mais pequeno, do Terrier Russo Negro até ao Yorkshire,
são cães de extermínio decididos e valentes, verdade que os russos conhecem e
que todos conhecemos, apesar dos seus criadores insistirem em dizer o contrário.
Uma matilha de terriers convenientemente hierarquizada é capaz de grandes
estragos, de matar pessoas inclusive, verdade que o ocorrido não desmente
A terceira lição aponta
para o viver social dos cães que vitimaram Tracy Garcia, que ao que tudo indica
viviam numa floresta próxima, arredados da presença, dos cuidados e da liderança
humana, entregues a si próprios e escalonados em matilha através lei do mais
forte, como se fossem, e foram, uma força autónoma. O passar da liderança, que
compete aos humanos, para os animais pode ser extremamente perigoso e ter consequências
para alguns imprevisíveis, porque matilhas assim não respeitam intromissões, os
seus elementos vivem para a matilha e apenas obedecem ao seu líder, o que é um tremendo
disparate.
Até ao momento ainda
ninguém foi preso em Ardmore, mas o dono dos cães abatidos dificilmente
escapará impune, uma vez que os cães assassinos eram seus. Espero que seja
apertado e bem, porque a responsabilidade é sua e a sua irresponsabilidade
torna-o culpado do sucedido, porque cães assim devem estar encerrados, nunca
soltos à espera de vítimas.
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