Depois dos ataques
terroristas ocorridos em várias cidades da União Europeia, os binómios das
diferentes polícias vêem-se agora sujeitos a mais solicitações e a novas
tarefas, obrigados a uma constante actualização pela novidade das estratégias,
métodos e materiais (explosivos) que os jihadistas vão desenvolvendo, já que
longe vão os tempos em que saíam à rua “apenas” para prevenir desacatos, fazer
parte de forças antimotim ou reforçar a segurança pessoal de uma ou mais
entidades.
Nos últimos dois anos, por
toda a Europa, os binómios dedicados à detecção de explosivos viram aumentados
os seus serviços em 200% e também a lista dos materiais a detectar, sendo ainda
mais recrutados quanto o nível de ameaça terrorista é “severo”, já que tal
aponta para um ataque altamente provável. Não lhes restante outra hipótese,
considerando a sua salvaguarda e serviço, à medida que as capacidades dos
terroristas aumenta, também eles terão que melhorar a sua resposta, o que
implica numa evolução no trabalho que desempenham, uma vez que os jihadistas
tentam de todas as maneiras superar as suas capacidades.
O papel dos binómios especializados
na detecção de explosivos, quanto a prestar serviço nos locais de grandes
eventos, começa antes da sua realização, altura em que pesquisam previa e
atempadamente aqueles locais, depois avaliam e gerem o risco de qualquer ameaça
e finalmente trabalham durante as realização dos eventos.
A bem da segurança pública
e dos próprios binómios, porque existe a possibilidade de se morrer no
cumprimento do dever, é fundamental que acompanhem os mais recentes avanços em
materiais explosivos, com o aval dos governos, com a ajuda dos cientistas
forenses e investigadores de cenas de crime para o obtenção dessas substâncias,
indispensáveis para treinar os cães a encontrá-las. Do mesmo modo, as novas
drogas deverão ser-lhes endereçadas para que os agentes caninos aprendam a
detectá-las.
Hoje é impensável levar a
cabo qualquer espectáculo que atraia multidões sem contar com a prestação dos
binómios de detecção de explosivos, considerando a história recente e a iminência
do risco. Eu quero crer que é isso irá acontecer nos vários festivais de Verão já
anunciados e que se realizarão entre nós. Porque se assim não acontecer e a coisa
der para o torto, será o Governo o primeiro responsável pelas vítimas que
houver, porque é ele e mais ninguém o primeiro responsável pela segurança dos
cidadãos.
Quem olha para eventos
como o ocorrido no passado Sábado, em que assistimos pela televisão ao
casamento de Henrique (Harry) de Gales e Meghan Markle, dificilmente se
lembrará que, antes do enlace e durante as cerimónias nupciais, os binómios de
detecção de explosivos estiveram presentes para que tudo corresse sem novidade,
de acordo com o protocolo e com a vontade dos noivos.
Quando num grande evento
cultural, musical ou desportivo se deparar com um ou mais binómios policiais
para a detecção de explosivos, sinta-se alegre e mais seguro, porque aqueles
homens e os cães que trazem consigo são naquele momento os seus anjos da guarda.
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