Quantos cães ditos vadios
já guardaram as vidas, as casas e os bens de quem os tratou bem? Muitos
certamente e relatos acerca disso não faltam, como o que ocorreu recentemente no
Norte de Cachemira/Paquistão, episódio que vamos agora narrar pela notícia que
o “The Economic Times” indiano divulgou on-line. Debaixo do mês sagrado do
Ramadão, o Comandante Iqbal Ahmad, um militar muçulmano pertencente à “Central
Reserve Police Force” (CRPF), Comandante do 45º Batalhão daquela força, estacionada
na região de Bandipora a norte de Caxemira, prepara-se para comer a “Sehri”
antes do amanhecer, quando de repente o seu telemóvel tocou e recebeu a notícia
que o acampamento da CRPF ali próximo estava ser atacado por 4 terroristas do “Lashkar-e-Taiba”
(L-e-T), uma das maiores e mais activas organizações terroristas a operar no
sul da Ásia, ao tempo apadrinhada por Bin Laden, sediada em Muridke, nos
arredores de Lahore, na província de Punjab/Paquistão, donde lança os seus
ataques.
Como era seu dever, o
Comandante Iqbal Ahmad abandonou de imediato a sua Sehri (refeição
pré-alvorada), pegou no rifle e dirigiu-se para o local do ataque, só saindo
dali depois do abate dos 4 terroristas e daquela área se encontrar totalmente
desimpedida e em segurança. A pronta resposta e o reforço imediato para
neutralizar os terroristas frustraram aquele ataque suicida que poderia ter
ceifado muitas vidas.
Quem deu o primeiro aviso
da presença dos terroristas no Acampamento de Sumbal foram dois cães vadios, que
não se calaram perante aquela infiltração até que os militares lançassem um disparo
luminoso, o que possibilitou imediatamente a identificação e a eliminação dos
terroristas. A protecção dada aos polícias pelos dois cães ficou-se dever-se ao
facto do pessoal da "CRPF" os alimentar diariamente.
Por vezes, como prova este
relato sintético, alimentar um cão em terreno hostil pode salvar-lhe a vida, exactamente
como sentencia o aforismo popular: “Faça o bem sem olhar a quem”. Nós continuamos
a confiar na força do bem, nunca nos demos mal e não é agora que vamos mudar.
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