Sempre houve desde a sua
origem Pastores Alemães mais e menos angulados, segundo podemos ver nas
inúmeras fotos que remontam ao 1º quartel do século XX e que se encontram hoje
a disposição de cada um na Internet. Também sabemos que os melhores cães de
trabalho, tanto os do passado como os do presente, apresentaram e apresentam
média angulação de traseira e não uma muito angulada, uma linha de dorso
convexa e paralela ao chão que lhes permite distribuir de modo equitativo o seu
peso corporal pelos quatro membros. A maior das diferenças entre os cães de
beleza e os de trabalho reside na disposição da garupa, diferença advinda do
uso exclusivo de cães muito angulados por uns e de média angulação por outros,
pertencendo os primeiros à linha estética e os últimos à linha laboral, erros
selectivos que importa abandonar quanto antes em abono da globalidade, biomecânica
e uso da raça. Se na beleza chegámos ao exagero de criar cães que trazem a
garupa de rojo, no trabalho assiste-se por vezes a cães que a trazem às costas,
sendo mais alta que a cernelha. Estas opções extremadas, a nosso ver, deverão
ser concertadas pelo beneficiamento recíproco das duas linhas, num claro
retorno à biodiversidade original da raça visando a sua continuidade como
provedora de cães de utilidade.
sábado, 3 de junho de 2017
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