quinta-feira, 29 de junho de 2017

PARA QUANDO OS FILHOS?

Nas sociedades europeias e ocidentais, ainda que de forma tímida e experimental, os cães começam a acompanhar os donos nas suas idas para o trabalho, política que se saúda atendendo ao bem-estar dos animais, que necessitam de 3 a 5 horas diárias de atenção e aos benefícios que a sua companhia oferece.
Quanto aos cães, a justiça está ser feita e nada há a acrescentar. E quanto aos filhos? Não necessitarão eles de crescer ao lado dos pais ou continuaremos até como até aqui, a largá-los de manhã e a ir buscá-los à noite, somente a acordá-los e a deitá-los? Porque não os levamos para o trabalho como fazemos com os cães? Merecerão porventura menor cuidado?
Para Larissa Waters, Senadora do Partido dos Verdes no Parlamento Australiano, que está a escrever páginas futuras nos dias presentes, parece não haver dúvidas: o lugar dos filhos é ao lado dos pais, tanto em casa como no trabalho.
É bem possível que os cães nos causem menos incómodo  e façam-nos sentir mais confiantes e confortáveis do que os filhos, mas a quem deveremos devotar as nossas vidas: a nós mesmos, aos animais ou aos nossos filhos? Penso que todos sabemos qual é a resposta certa!
Para além da dissolução das famílias e da baixa taxa de natalidade que nos condena, o que sobra para as escassas crianças que vingam entre nós e que carecem do apoio familiar? Talvez um montão de actividades e um cão para as acompanhar! 

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