O COL7A1 é um gene comum a
humanos e a cães responsável pela produção de colagénio, um componente muito
importante na preservação da elasticidade da pele. Uma equipa de investigadores
da Universidade de Helsínquia, na Finlândia, liderada pelo Professor Hannes
Lohi, acaba de descobrir e comprovar que uma variante absurda do gene COL7A1
provoca epidermólise bolhosa distrófica recessiva nos cães de pastoreio da Ásia
Central, doença hereditária causada pela ausência de colagénio funcional na
epiderme que impede a junção das duas camadas de pele.
Para quem não sabe o que é
o colagénio, adianta-se que é uma proteína fibrosa criada no corpo humano e no canino
com 90% de massa óssea e 1/4 das proteínas produzidas, sendo o tecido
conjuntivo do coração, pulmões, músculos, articulações, células sanguíneas,
artérias, etc., proteína muito usada em cirurgias plásticas, na recuperação de
cicatrizes e em tratamentos estéticos (há quem não dispense injecções de
colagénio).
Retornando aos cães, a
identificação do defeito deste gene permite o seu despiste nos cães usados para
a reprodução
e ao isentar-se os seus portadores de tal acto, toda a raça do Cão Pastor da Ásia
Central ver-se-á finalmente livre dela. Por tudo isto, há que dar os merecidos
parabéns àqueles cientistas finlandeses.
De parabéns continuam os
jovens cientistas portugueses, porque ultimamente e amiúde têm contribuído com
o seu trabalho para o avanço da ciência e bem-estar da humanidade. Serão estes
cavalheiros os percursores do tão chorado “5º império português”? Quem sabe? De
qualquer modo, vale a pena envelhecer para ouvir notícias destas.
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