quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

NFA: MISÉRIA PÕE CONGOLESES A COMER CARNE DE CÃO

 

Num texto com um pedido de doação postado ontem na Internet, a NETWORK FOR ANIMALS (NFA), organização de bem-estar animal que fornece apoio logístico e financeiro para iniciativas relacionadas em vários países, com sede no Reino Unido e escritórios nos Estados Unidos e África do Sul, relata que no coração de África os cães estão a ser vítimas do implacável comércio da carne de cão. Historicamente, muito poucos africanos consumiam carne de cão, mas as dificuldades económicas levaram a um aumento chocante em países como o Congo. Os cães são transportados em camiões e carros através da fronteira da vizinha Zâmbia e assim que chegam ao Congo, os são brutalmente abatidos. A NFA está a preparar-se para combater esse brutal comércio com todas as suas forças. Ela (a NFA) conseguiu quase eliminar esse comércio nas Filipinas e está agora a trabalhar com organizações e autoridades locais para evitar que a Zâmbia se transforme no centro do comércio africano da carne de cão, país onde comer carne é ilegal, mas não a sua comercialização. Os cães vindos da Zâmbia são cães de rua ou roubados, muitos são inclusive animais de estimação estimados. Uma vez capturados, são amontoados num camião sem água, comida ou ventilação adequada, sob o calor escaldante de África, e levados para a fronteira. A poucos metros do Congo são brutalmente abatidos nos mercados locais, onde possível ouvi-los gemer, arranhar portas e uivar em inúteis tentativas para escapar.

Os transportadores pouco ou nada se importam com eles - os cães são apenas mercadoria. Os primeiros esforços de resgate da NFA salvaram apenas três cães – os outros morreram antes que que esta organização de bem-estar animal lhes pudesse valer, mas três cães estão vivos graças aos seu esforços e isso é apenas um começo. A rematar a sua denúncia, a NFA adianta: “Com o seu apoio intensificaremos os nossos esforços. Temos um lugar onde os cães estarão seguros e bem cuidados, só precisamos de fundos para montar operações de interceptação e cuidar das almas traumatizadas que salvamos. Cada missão custa cerca de US$ 5.000 (£ 4.000), mas cada centavo gasto vale a pena porque significa que os cães são salvos de mortes horríveis. A sua generosidade é a tábua de salvação deles. Juntos, vamos virar a maré contra a crueldade. Vamos dar a estes cães uma oportunidade de vida, uma oportunidade de felicidade.”

Se o terrível comércio da carne de cão aumenta na empobrecida África, dificilmente o abate dos cães terminará sem que a pobreza das populações seja ultrapassada. O problema não está só no abate dos cães, mas também no que obriga as pessoas a comê-los. Se a fome for vencida no continente africano, a carne de cão, enquanto comida de sobrevivência, perderá a sua importância e o seu comércio razão de ser. Diante destes factos uma dúvida me avassala: o que mais valerá resgatar: as pessoas da miséria ou os cães da morte? Mais facilmente se resgatarão os cães do que as pessoas, porque infelizmente ainda ninguém encontrou solução para a pobreza!

MONUMENTO PINDÉRICO AOS ANIMAIS QUE MORRERAM POR NÓS

 

Foi ontem, terça-feira, dia 30 de janeiro de 2024, inaugurado em Paris, capital da França, um monumento, quanto a mim pindérico, em homenagem aos animais que morreram durante as guerras, nomeadamente durante a I Guerra Mundial (na foto acima), na Praça Boucicaut localizada no 7º arrondissement de Paris, monumento já reivindicado há 5 anos pela associação Paris Animaux Zoopolis e que fez campanha para que ele chegasse a ver a luz do dia. O monumento azul – cor do uniforme dos Poilus (1) durante a Primeira Guerra Mundial – representa a silhueta de um cavalo, um burro, um cão e um soldado a segurar um pombo-correio. O local não foi escolhido ao acaso, porque foi naquele bairro que o cão Glazier foi encontrado, no final de agosto de 1914, “debilitado, regressando da frente” depois de ter perdido o rasto do seu batalhão, como recorda a placa explicativa. Sabedor dos milhões de animais que morreram nas guerras e dos muitos sacrifícios a que se viram sujeitos e que lhes foram impostos, acho o MONUMENT BLEU decididamente hipócrita e pindérico – os animais mereciam mais!

(1)Poilus é o plural do substantivo gaulês “Poilu” que designa informal e amigavelmente o soldado de infantaria francês, principalmente o que combateu na I Guerra Mundial.

NORWICH: CÃO FAREJADOR PARA COMBATER O SNIFAR ESCOLAR

 

Uma escola secundária diz que planeia usar um cão farejador para impedir os alunos de snifar nas suas instalações. A escola, na cidade inglesa de Norwich, diz que um “cão de dissuasão passivo” será recrutado para o efeito num dia do próximo mês de fevereiro. Um porta-voz escolar disse que tal fazia parte de uma série de medidas para combater o “impacto negativo dos cigarros electrónicos e de outras substâncias proibidas (vaporizações)”. Na segunda-feira, anteontem, dia 29 de janeiro de 2024, o primeiro-ministro do Reino Unido anunciou a proibição dos vapes descartáveis para ajudar a combater o número crescente de jovens que adoptam o hábito. O porta-voz da City of Norwich School, administrada pela Ormiston Academies Trust, disse: “Embora actualmente não tenhamos problemas com isso (com o vaping) na escola, estamos cientes de que este é um desafio crescente na sociedade e, portanto, queremos tomar medidas proactivas para ajudar a combater e impedir isso” e “A organização que apoia este o cão farejador tem uma experiência significativa na prestação deste serviço nas escolas”.

A mesma escola disse que outras medidas educacionais estão a ser tomadas para impedir as crianças de usar cigarros electrónicos, incluindo a realização de reuniões com especialistas e a sinalização de alunos que precisam de apoio adicional. No Reino Unido, já é ilegal vender cigarros electrónicos a menores de 18 anos, mas os produtos descartáveis, muitas vezes vendidos em embalagens mais pequenas e mais coloridas do que as recarregáveis, são o "principal impulsionador do aumento alarmante da vaporização entre os jovens", afirmou o governo britânico. Números da instituição de caridade Action on Smoking and Health sugerem que 7,6% de jovens dos 11 aos 17 anos vaporizam regular ou ocasionalmente contra os 4,1% em 2020. O vapor inalado contém uma pequena quantidade de produtos químicos, incluindo a substância viciante, a nicotina. Os médicos dizem que a vaporização pode causar danos a longo prazo nos pulmões, coração e cérebro dos jovens.

Mais pesquisas são necessárias para determinar exactamente quais são os efeitos na saúde, dizem os especialistas. Um porta-voz da escola da cidade de Norwich disse que um cão de terapia já era usado na escola para apoiar o bem-estar mental dos alunos e que seriam feitas as “adaptações” necessárias para qualquer pessoa com medo de cães. O Conselho do Condado de Norfolk, que é responsável pelas escolas em geral, mas que não administra a cidade de Norwich, disse: “Se as escolas precisarem de qualquer apoio e orientação personalizado, ou se tiverem uma criança ou jovem que está fumando, ficaremos felizes em ajudar”. O conselho disse ainda que o seu “kit de ferramentas temático” sobre vaporização também poderá ser adquirido gratuitamente.

Louva-se a preocupação desta escola de Norwich com a saúde e bem-estar dos seus alunos, até porque seria mais fácil ignorar o problema, o que chamaria menos à atenção. Em casos como estes os sniffer dogs são mais do que bem-vindos, porque são super eficazes na detecção dos cigarros electrónicos e a sua requisição não é muito dispendiosa. Mais escolas deveriam seguir o exemplo desta de Norwich, tanto na Grã-Bretanha como na Europa e no Mundo. É evidente que não estou a referir-me ao tabaco aquecido, mas sim aos vapes, apesar de ambos serem extremamente nocivos para a saúde, terem produtos químicos desaconselháveis e a viciante nicotina que tantos já enviou para o mundo do eterno descanso.

A SUAR E A APRENDER A SER DONO

 

Adquirir um cão pode ser o “cabo dos trabalhos” para quem não sabe aquilo que o espera, porque a presença do animal sempre acabará por alterar as rotinas e a vida dos seus donos, porquanto é um ser vivo com necessidades específicas, cuja curiosidade reclama por novidade de vida, que mete o nariz literalmente em todo o lado, que não dispensa a excursão e que se desenvolve cognitiva e fisicamente a marchar pelo mundo à sua frente. Donos demasiado sedentários e por norma sem tempo não deverão adoptar um cão, porque a sua pouca disponibilidade, que na maioria dos casos resulta de um achaque psicológico com implicações físicas, acabará também por trazer infelicidade ao animal, transformando-o muitas vezes naquilo que ele não quer ser – num zombie engaiolado – mesmo que seja numa gaiola de ouro!

O cachorro CPA negro Thor, que tardiamente foi vendido e adquirido, em consequência disso foi naturalmente instigado a morder nos seus companheiros de cárcere e tardiamente atrelado, ao invés de ter tido o exigível tratamento individual e ser poupado às lutas hierárquicas que despontam aos 4 meses de idade. Compreende-se agora o seu desencanto pela trela e as cargas que efectua sobre os outros cães, mesmo que sejam maiores do que ele, inclusive adultos. Ele é um cão dominante mas não muito-dominante, que à falta de melhor, optou por descarregar o seu impulso à luta nos seus companheiros de canil, servindo alguns deles eventualmente como seus mestres. Esta impropriedade instaladora (ambiental) subverteu-lhe o carácter, uma vez que os cães com nobreza de carácter não mordem noutros cães, procuram outros alvos maiores. Agora importa trazê-lo para a rua, sociabilizá-lo, estender-lhe a liberdade e devolvê-lo à vida, operando assim a recuperação do seu carácter na companhia do seu dono, com quem já tem alguns laços afectivos, mas que pouco respeita. O caminhar conjunto e a divisão de tarefas agora exigidas apenas visam o aumento da necessária cumplicidade.

Nesta cruzada pela recuperação do pequeno Thor, que ao que tudo indica virá a ter no mínimo 68 cm de altura, como já disse atrás, torna-se imperativo sociabilizá-lo com pessoas e animais, pelo que a presença do CPA negro Paco nas suas caminhadas é mais do que necessária - é imprescindível - andando o cão adulto a aturar e a desmamar aquele cachorro “inquieto” (ambos na foto seguinte na companhia de duas simpáticas empregadas de restaurante).

Nesta altura do campeonato (o animal ainda não fez 6 meses), para não dar cabo do resto e atentar contra a vocação do cachorro, não o vou bombardear ou persuadir com a obediência, antes vou substituí-la pela ginástica ao seu alcance, o que lhe aumentará a moral e torná-lo-á mais seguro. Como a ginástica é feita à trela, gradualmente o cachorro ficará condicionado a aguardar pelas ordens do dono, o que obviamente aumentará o seu controlo e obstará aos seus imprevisíveis ataques de surtida. Como já possui a robustez, a destreza e a segurança para saltar para a mala do carro, os saltos para que é convidado neste momento não excedem essa altura e grau de dificuldade. No GIF seguinte vemo-lo a executar confiante a sua primeira janela, elevada a 50cm de altura e com uma área de apoio de 80cm.

A comunhão de vida e a divisão de tarefas com o dono (parceria), estão pouco a pouco a tornar o Thor mais manobrável e seguro, a alterar-lhe o comportamento e a torná-lo mais confiante na pessoa do dono. Ontem por breves instantes e na companhia do paciente Paco, deixámo-lo sentado à mesa, quieto e a olhar para a fotografia, conforme se pode ver na foto abaixo.

Com isto tudo (estava-se mesmo a ver!), o Miguel Dias também está a aprender a ser dono, a adaptar-se gradualmente para essa tarefa no intuito de garantir o bem-estar, a qualidade de vida e a longevidade do seu irreverente pequeno lobo negro, um companheiro para a vida com o qual sempre poderá contar. É evidente que isto não acontece sem esforço, que é ainda maior para quem sempre andou arredado do exercício físico. Pelo empenho, o Miguel é digno que lhe estendam uma passadeira vermelha em homenagem, porque ousou sair de casa e abraçar a vida ao lado do seu parceiro, objectivando uma unidade de propósitos difícil de destruir.

Durante o treino constatei que o Thor se encontra mais robusto, melhor dos aprumos e menos selado, com uma apresentação diferente daquela com que aqui chegou (exagerado abatimento de metacarpos, mãos atiradas para fora e dorsos selado), se calhar como resultado de pouca actividade, de uma ração inapropriada e de umas supérfluas vitaminas para aves de capoeira, periquitos, canários e pintassilgos. Quanto à linha do cachorro nada há a acrescentar – estamos na presença de um excelente exemplar de trabalho – de morfologia, carácter e máquina sensorial, com a particularidade de apresentar ainda parte do pelo encrespado no dorso, pormenor que o liga às origens da raça.

HÁ SEMPRE UMA PRIMEIRA VEZ!

 

Pela primeira vez na história dos cães-robots e das viagens espaciais, um cão-robot de quatro patas foi controlado por um ser humano fora da atmosfera da Terra. Até agora apenas robots com rodas foram controlados remotamente a partir do espaço. O teste "SURFACE AVATAR”, realizado em janeiro, viu o astronauta Marcus Wandt, da Agência Espacial Europeia (ESA), controlar vários sistemas robóticos diferentes na Terra a partir da Estação Espacial Internacional (ISS), como parte de um projecto que eventualmente visa permitir que comandantes humanos controlem robots noutros mundos como a Lua ou Marte enquanto orbitam ao seu redor. Wandt controlou um robot parecido com um cão chamado Bert, criado pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR), que possui pernas projectadas para caminhar em diversos tipos de terreno que podem não ser acessíveis com rodas, bem como explorar pequenas cavernas inacessíveis aos seus colegas humanos.

Enquanto Wandt controlava o robot-dog, permitindo-lhe explorar o laboratório de Marte do DLR e monitorar o "terreno" com seus olhos de câmera, ele também voltou a sua atenção para dois outros robôs: Rollin' Justin do DLR, um robot de serviço humanóide, e o rover Interact da ESA. Seguindo ensaios anteriores que verificaram como os atrasos podem afectar o controlo de um robot a partir do espaço, desta vez os dois robots trabalharam juntos para realizar uma tarefa ao instalar um tubo curto. "Mesmo entre humanos, a cooperação é complexa. Acordos devem ser feitos e intenções mútuas compreendidas. Este é um desafio particular quando diferentes robots têm que formar uma equipa e completar com sucesso uma tarefa juntos", explicou o DLR num comunicado .  "Ao construir um habitat, por exemplo, combinar as diferentes habilidades de vários robots é muito útil.

Na primeira experiência deste tipo, o robot humanóide Rollin' Justin do DLR e o Interact Rover da ESA dominaram essa tarefa e instalaram em conjunto um tubo curto representando um dispositivo de medição científica." Controlar um robot que não está no mesmo planeta que você é apenas parte do objetivo, com a equipa esperando que um dia os astronautas sejam capazes de controlar vários robots numa missão, fazendo-os agir de forma semi ou totalmente autónoma, conforme o necessário. “As futuras estações na Lua e em Marte, incluindo habitats de astronautas, serão construídas e mantidas por robots operando sob a orientação de astronautas”, explicou Alin Albu-Schäffer, Director do Instituto DLR de Robótica e Mecatrónica. “Os nossos mais recentes algoritmos de controle e a IA permitem que um único astronauta comande uma equipa inteira de robots diferentes.”

Actualmente, em matéria da conquista do espaço, o avanço científico já ultrapassou em muito as mais vanguardistas e eruditas séries de ficção. Os nossos olhos vêem acontecer diariamente coisas espantosas, que de tão espantosas que são, nem em sonhos as vimos. O que nos trará o amanhã? Ninguém sabe, porque há coisas que acontecem de um microssegundo para o outro!

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

QUER MANTER O SEU FILHO EM FORMA? COMPRE-LHE UM CÃO!

Ter um cão em casa incentiva as crianças a movimentarem-se mais. Isto foi agora demonstrado num estudo australiano de longo prazo. Os pesquisadores examinaram também o efeito que a morte do amigo de quatro patas tem na aptidão das crianças. As crianças que crescem com cães são mais activas fisicamente do que as crianças sem cães. Uma equipa de pesquisa australiana examinou agora esta ligação com mais detalhes e publicou os seus resultados no “INTERNATIONAL JOURNAL OF BEHAVIORAL NUTRITION AND PHYSYCAL ACTIVITY”. O exercício regular promove a saúde física e mental das crianças. É por isso que a Organização Mundial da Saúde recomenda que crianças de um a quatro anos sejam fisicamente activas três horas por dia. Entre os cinco e os 17 anos, as crianças devem fazer pelo menos uma hora de exercício moderado a intenso todos os dias, através de brincadeiras ou desporto, por exemplo. Muitas crianças não conseguem praticar atividade física suficiente todos os dias. Um cão em casa pode ajudar? Muitos estudos mostram que as crianças que crescem com cães são mais activas do que aquelas que não os têm.

Crianças e jovens que costumam passear e brincar com os seus cães têm maior probabilidade do que outros de alcançar a quantidade e a duração recomendadas de actividade física. Mas será que as crianças só se tornam mais activas quando têm um cão? Ainda não foi analisado exactamente como o comportamento das crianças está relacionado com a posse de um cão. As meninas exercitam-se em média 52 minutos a mais todos do que os meninos diariamente. A equipa de pesquisa liderada por Emma Adams, da Universidade da Austrália Ocidental, examinou como a aquisição, posse e perca de um cão influencia a actividade física das crianças. Para fazer isso, utilizou dados de monitores de exercício e declarações dos pais de um estudo existente de longo prazo (de 2015 a 2021) sobre a actividade de 600 crianças dos dois aos sete anos. Durante este período, 204 crianças tiveram sempre um cão, 58 tiveram um cão durante este período e 31 viram o seu cão falecer entretanto. 307 não tinham cão. As meninas com cães faziam em média oito actividades físicas a mais por semana, como brincar ao ar livre, passear ou brincar com o animal, do que aquelas que não tinham nenhum. Os meninos com cães faziam mais sete actividades por semana.

Quando as crianças receberam um cão durante o estudo, o número dessas actividades físicas semanais aumentou 7 vezes. Os pesquisadores conseguiram observar um aumento na actividade luminosa, principalmente entre as meninas. Elas passaram um pouco mais de 52 minutos diários a mais a fazer exercícios leves e brincadeiras, incluindo caminhada lenta e trabalhos manuais. Em contraste, as crianças cujos cães morreram durante o estudo eram menos activas do que antes. O número de actividades físicas semanais diminuiu oito para os meninos e dez para as meninas. Também aqui os autores observaram que o comportamento das meninas foi mais afectado do que o dos meninos. Depois que o seu cão morreu, elas passaram uma boa hora a menos todos os dias a fazer actividades físicas leves e a brincar do que antes. “As crianças que perderam o seu cão podem ser menos activas fisicamente porque ainda estão de luto por ele”, explicam os investigadores no seu estudo.

“Estudos mostram que as pessoas muitas vezes tentam lidar com a perca de um animal de estimação evitando certas actividades”. Entre eles estão aqueles que lembram o cão desaparecido. Se o passeio com o cachorro da família não for substituído por outras atividades após sua morte, é bem possível que as crianças se exercitem menos.” “No geral, os nossos resultados sugerem que adquirir e possuir um cão tem um impacto positivo na actividade física das crianças”, concluem os autores. O estudo fornece a primeira evidência de que adquirir um cão pode levar ao aumento de certas atividades físicas. Segundo os autores, ter um cão na família também pode reduzir o risco a longo prazo de doenças crónicas nas crianças. A frequência e por quanto tempo as crianças são fisicamente activas pode depender muito da raça, idade e tamanho do animal. Portanto, essas características devem ser levadas em consideração em estudos futuros.

Não duvido da pertinência deste estudo nem das suas conclusões, mas alerto para o facto de que a presença de um cão em casa não alivia o cuidado e a atenção que os pais devem dispensar às crianças. Pais que rotineiramente dividem actividades com os seus filhos podem perfeitamente dispensar a presença de um cão, mas um cão jamais será capaz de substituir o acompanhamento dos pais, pese embora a sua generosidade. 

O DURO TREINO DOS CÃES DO EXÉRCITO TURCO

 

Se há países aliados que o português comum pouco conhece, a Turquia encabeçará essa lista, quiçá por ser apenas nossa parceira na NATO e não pertencer à COMUNIDADE EUROPEIA. Para o português comum menos informado e pouco viajado, a República Turca não passa de um lugar misterioso onde os seus habitantes masculinos usam um chapéu redondo na cabeça com um berloque pendurado e calçam chinelos de bico arrebitado! A moderna Turquia está muito para além disso, tem um PIB muito superior ao nosso, é imensa, tem um exército moderno que é o segundo maior da Nato e tem acesso a armas nucleares. Os russos têm que a tratar com muito cuidadinho porque jamais teriam sucesso se a invadissem como tentam ter actualmente na Ucrânia, porque quando “toca a reunir” e a defender a sua pátria, os turcos são uns verdadeiros leões como ficou provado na BATALHA DOS DARDANELOS (25 de abril de 1915 – 09 de janeiro de 1916), durante a PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. Para o Ocidente, do ponto de vista estratégico, é incomparavelmente melhor ter a Turquia como aliada do que tê-la como inimiga, pese embora as diferenças que nos separam. E por falar em forças armadas, como vão os cães do exército turco? É isso que vamos saber a seguir!

O Batalhão Cinotécnico do Exército Turco, situado na província de Bursa, no noroeste do país, ministra desde 1963 treino rigoroso aos seus binómios, cria os seus próprios cães, treina 12 raças caninas diferentes, seis das quais locais e tem oito subunidades onde o treino é o mesmo.

A avaliação dos cães é feita de acordo com critérios gerais que consideram a raça, o sexo, o temperamento, a coragem e o interesse, sendo as suas características próprias para as disciplinas em que irão ser treinados. São seleccionados para a detecção de bombas e substâncias entorpecentes, também para patrulhas e para o reconhecimento, sendo estes escolhidos com base no seu forte impulso à luta e denotado sentimento territorial. Para determinar estas características, os cachorros são observados em diferentes ambientes e submetidos a vários testes.

Após um desafiante processo de treino, cães e tratadores são designados para as unidades militares onde irão desempenhar um papel activo tanto no país como além-fronteiras. Durante o período de treino, os cachorros acostumam-se às pessoas, cumprem ordens e enfrentam diferentes ambientes e diversas condições do terreno.

Os cães militares turcos são eficazes não só em operações nacionais e transfronteiriças, mas também em catástrofes naturais. Os cães militares, que primeiro tiveram um papel activo nos escombros do terremoto de Mármara, em 17 de agosto de 1999, estiveram recentemente na região após os terramotos de Kahramanmaraş que afectaram 11 províncias do sul no início de fevereiro do ano transacto. Foram para ali enviados 28 cães de busca e um cão de cadáveres que resgataram 78 pessoas dos escombros. Torna-se por demais evidente que os avanços da cinotecnia militar turca se devem em parte ao intercâmbio com esquadrões K9 de países aliados, dentro e fora da Nato. 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

OUTRA VEZ EM KÄRNTEN! SE GOSTA DE CAMINHADAS, APRENDA A LIDAR COM CÃES!

 

O Estado austríaco de Kärnten (Caríntia) anda constantemente nas bocas do mundo e nem sempre pelas melhores razões, uma vez que incidentes com cães são constantemente relatados e alguns de graves e trágicas consequências. Desta vez o disparate aconteceu no Distrito de Villach-Land, onde uma senhora de 69 anos foi atacada por dois cães quando passeava na tarde de ontem, domingo, 28 de janeiro de 2024. Um dos cães mordeu-lhe uma perna. Apesar de ferida foi ao médico e depois formalizou a queixa na polícia. O ataque dos dois cães de médio porte ocorreu num trilho de caminhada por volta das 13h45. Os animais encontravam-se soltos e sem açaime, o dono dos cães, também de 69 anos, morador no distrito de Villach-Land, tentou ajudar a desafortunada senhora, só conseguindo afastar os cães com a ajuda de um pedaço de madeira!

Os conflitos entre cães soltos caminhantes e ciclistas são recorrentes por toda a parte e não só em Kärnten, porque alguns donos menos precavidos (irresponsáveis) soltam os seus cães pelos campos afora e estes bem depressa acabam por emboscar um caminhante ou perseguir um ciclista. O problema toma outras proporções quando ao invés de um cão, são vários os cães que estão à solta, que ao se constituírem em matilha, acabam por tornar-se mais agressivos e causar maior dolo. A solução encontrada pela senhora de Villach-Land para o problema não foi a melhor, porque se aqueles cães fossem mais rijos não se intimidariam com o pedaço de madeira e até o aproveitariam para contra-atacar. Assim, se é caminhante ou ciclista, ao invés de transportar uma moca na mochila, o que não é nada cómodo e pode não ter qualquer eficácia, o melhor que tem a fazer é deslocar-se a uma escola canina e aprender ali os diferentes comportamentos dos cães e como evitar constituir-se em presa, porque quando menos esperar, terá um encontro com um cão desconhecido que estará à sua espera! Quem desejar fazer esta formação poderá contactar-nos através do email deste blogue.

BATEDOR MATA BEAUCERON E É CONDENADO

 

Um batedor foi julgado por matar acidentalmente um cão na localidade francesa de Tourves, na região administrativa de Provence-Alpes-Côte d'Azur, no departamento de Var, no dia 21 de janeiro de 2023, ficando com a sua licença de caçador suspensa pelos tribunais, após uma audiência realizada num tribunal de polícia no passado mês de dezembro. No dia do incidente, o caçador que desempenhava o papel de batedor durante uma caçada ao javali, disparou na direcção de um Beauceron de 13 meses que passeava com o seu dono. Ao ouvir os cães ladrar, ele engatilhou a espingarda e abriu fogo contra o animal. Este homem disse à polícia que segurava a espingarda nas mãos quando acidentalmente se deu o disparo a curta distância. Contudo, as suas explicações não convenceram a advogada da parte civil neste caso, sobretudo porque o batedor se pôs inicialmente em fuga. Com o registo criminal limpo, o batedor foi finalmente considerado culpado e condenado à suspensão da sua licença de caçador durante um ano. Terá ainda de pagar uma multa de 450 euros e 3.600 euros de indemnização (estado neles incluídos 1.500€ por danos emocionais e 900€ de reembolso pelo animal.

Penso que o tribunal francês foi brando, uma vez que deveria inibir definitivamente o batedor de caçar, porquanto parece não ter perfil nem nervos para uma actividade tão perigosa. O Beauceron abatido, também conhecido em França por Berger de Beauce, como o próprio nome indica é uma raça originária de França, de uma região chamada Beauce. Tendo em vista o adestramento clássico (obediência, pistagem e guarda), o Beauceron preenche todas as condições e pode vir a ser excepcional. Ele é um cão equilibrado e fiel, um falso lento que não envereda pela violência gratuita e cujas fases de crescimento tendem a ser demoradas. Fácil de sociabilizar e fiável com as crianças, quando ensinado precocemente aumenta a sua mobilidade e interacção, ganhando com isso velocidade de execução e maior versatilidade. Quando devidamente preparado, em média, mostrar-se-á mais rápido do que o Rottweiler e com maior força de impacto do que o Dobermann, raças entre as quais se encontra em termos laborais. Continuo sem perceber porque razão os franceses cedo se desinteressaram deste cão e não procederam ao seu melhoramento, raça que considero com muito potencial e que me deu vários exemplares para treinar, inclusive alguns que guardo com gratidão na memória.

SÃO PRECISOS MAIS CÃES PARA DETECTAR FUGAS DE ÁGUA

 

Depois do êxito que os cães detectores de fugas de água tiveram nos países europeus onde foram utilizados, eis que a Austrália segue o seu exemplo. O Central Coast Council está a recorrer aos cães como ajuda para detectar fugas de água. A equipa de cães detectores da Sidney Water foi enviada àquela região para ajudar a conservar o precioso líquido. A Costa Central é um região periurbana situada no Oceano Pacífico, no nordeste do estado de New South Wales.

Esta especialidade canina não é de difícil aprendizagem e acontece em alguns cães quase de modo natural. O seu ensino obedece ao mesmo modus operandi do comum dos cães detectores e grande é a sua importância diante do aquecimento global. Como acontece lá fora, no estrangeiro, onde os binómios detectores de vazamentos de água são empresas particulares, contudo reconhecidas pelas entidades que as tutelam, também aqui fazem falta cães com esta especialidade, que poderão também provir da iniciativa privada e do desejo de servir. Como dificilmente acontecerá em Portugal o transvase dos rios e o sul do País está a transformar-se num deserto por falta de água, a presença destes cães ao longo das condutas de água é fundamental para minimizar o seu desperdício.

domingo, 28 de janeiro de 2024

UMA CARIOCA COM UM FILA… DE SÃO MIGUEL!

 

Chama-se de “carioca” o natural ou o habitante da cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Mas quando o nome é usado como adjectivo poderá ter várias conotações depreciativas, étnicas e em alguns casos até racistas, associadas ao narcotráfico, ao crime, à prostituição, ao jogo e à aversão ao trabalho, o que não corresponde em absoluto à verdade. Ontem pela manhã, sábado 27 de janeiro de 2024, tivemos entre nós uma carioca (na foto acima), uma natural do Rio de Janeiro, uma mãe muito jovem, afro-brasileira, espontânea, mãe de um bebé de 1 ano de idade, já nascido em Portugal, e companheira de um português igualmente jovem que é o pai do seu filho. Encontrámo-la por acaso e convidámo-la para participar nos nossos trabalhos, convite que aceitou e que muito me alegrou, atendendo a alguns dos seus particulares e à absoluta necessidade de sociabilização dos cães. Na foto acima vemo-la a segurar a trela do FSM Doc e na seguinte num exercício de interacção com o Doc, cão que pretendemos irrepreensível no que concerne ao seu comportamento social, capaz de respeitar as minorias étnicas, os mais fracos, os idosos, os deficientes e todos os indivíduos de diversa apresentação, sem contuso descurar a sua defesa e a protecção do seu dono (árduo trabalho temos pela frente!). 

Como sempre acontece em casos destes, pedimos à jovem carioca, cujo nome não recordo como é meu hábito, que desse uma volta à pista táctica com o Doc, no que foi cuidadosamente guiada e acompanhada pela Viv. Apesar da insegurança patenteada pela jovem brasileira, o Doc não tomou isso em consideração e não tomou contra ela qualquer atitude agressiva como era esperado.

Como as reacções dos cães a correr em direcção às pessoas não são exactamente as mesmas que tomam quando o fazem em andamento normal (marcha), ainda mais a trabalhar soltos na frente dos donos, pedimos à menina carioca que se juntasse à janela para o cão saltar, certos de que no retorno não a atacaria, como veio a acontecer. Depois pedi-lhe que fosse buscar o bebé e que com ele permanecesse no junto do obstáculo para o cão saltar, tarefa que o cão executou dentro da maior normalidade, ignorando por completo a presença da mãe e do respectivo bebé.

Certo da obediência do Doc, coloquei atrás da janela os três membros daquela família: pai, mãe e bebé. Mais uma vez o Doc não defraudou e cumpriu exemplarmente as ordens que lhe foram dadas para espanto de todos os que assistiam à evolução do trabalho.

Como não queremos fazer do FSM Doc “filho único”, pedi ao jovem pai que mais uma vez se colocasse após a janela para o CPA Schwartz executar a mesma transposição. O Pastor Alemão respondeu afirmativamente à tarefa sem evidenciar alguma dificuldade ou contratempo em particular.

No final da aula foi solicitado ao Paulo Jorge que mandasse o CPA Bohr saltar o cesto de um triciclo não motorizado para adultos, daqueles que dão para transportar comodamente algumas mercadorias vindas de algum mercado. O Gif seguinte reporta-se a esse momento e conforme se pode observar, o veterano ainda está longe de “arrumar as botas”.

Os binómios Claudio/Balzac e Miguel/Thor trabalharam afincadamente, o primeiro a condução em liberdade e o segundo a condução à trela, participando integralmente nos momentos colectivos do aquecimento e do trabalho geral constantes no Plano de Aula.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Cláudio/Balzac; José António/Doc; José Maria/Jay; José Maria/Schwartz; Miguel Dias/Thor; Paulo/Bohr; Viv/Dream e Viv/Kiara.. O Jorge Filipe acorreu a um biscate e não compareceu (tem dois filhos para criar). Daqui vai uma palavra de apreço para a Viv pelo seu empenho, menina que espero vir a ser em tudo uma vencedora. O Paulinho esteve bem, fumou menos e até trabalhou mais do que queria. Resta dizer que a manhã esteve maravilhosa e que o Balzac se mantém firme na disposição de me rasgar os fundilhos das calças!

UMA “FIGUEIRA” ENTRE CHAPARROS

 

Quem esteve ou está associado ao mundo da equitação e do hipismo sabe o significado da expressão “plantar uma figueira”, que outra coisa não é que a queda de um cavaleiro em determinado local, plantio desagradável que poucos poupa e que teima em largar alguns, causando situações embaraçosas a quem as sofre e hilariantes para quem as vê, isto quando ninguém se magoa seriamente e a queda não se transforma numa fatalidade. Debaixo do método de ensino dinâmico que empreendemos, onde donos e cães correm invariavelmente lado-a-lado, muito esporadicamente, algum condutor “planta uma figueira”. Até hoje ninguém se aleijou e tudo tem culminado numa gargalhada geral. Ontem, sábado, 27 de janeiro de 2024, na instrução matinal, quando conduzia o seu cão para saltar a “Janela”, que tinha acoplada na saída uma senhora, o José António escorregou e caiu, acabando por plantar uma figueira entre chaparros! O condutor em questão levantou-se mais depressa do que caiu e não se magoou. Devido ao caricato da situação, conforme se pode ver no GIF acima, a senhora que fazia parte do obstáculo composto e que mal se via, aparece finalmente com um rasgado sorriso. Para a história fica a primeira figueira plantada pelo José António enquanto condutor canino em exercício.

SCHWARTZ, DOC & BALZAC LDA

 

Penosa e cheia de reveses tem sido a passagem para a condução em liberdade dos cães do José Maria, provavelmente por serem demasiados para a sua paciência que invariavelmente choca com a ansiedade de querer fazer bem. Pouco a pouco, nem sempre com o acerto necessário, graças também à qualidade dos animais que vem em auxílio do dono, os Pastores do José Maria estão a dar mostras do seu potencial genético e a abandonar a mediocridade, evolução que não pode ser separada do empenho do seu condutor cuja principal qualidade é a persistência. Como adestrador sou obrigado a ser também visionário, a esperar o que há-de vir e a acreditar nisso. E, se assim não fosse, dificilmente acreditaria no progresso cinotécnico deste profissional liberal perito em argumentação. Anteontem à noitinha, sexta-feira, 26 de janeiro de 2024, “fez-se dia” para o CPA negro Schwartz, porque não hesitou em executar um salto de precisão conforme se pode ver no GIF acima, o que muito alegrou o seu condutor e fortaleceu a aposta do adestrador em ambos. O FSM Doc, em segundo plano na foto seguinte, executou na ocasião aquele mesmo salto com êxito, não sendo a sua execução aqui registada por inexactidão da fotógrafa convidada que lhe cortou a suspensão e a saída do salto.

Aproveitámos a noite e o ambiente nocturno para proceder à condução em liberdade, para condicionar os cães a tomar sentido nos donos, a obedecer-lhes e a permanecerem vigilantes. Para além das distracções que os sons e odores da noite oferecem, os binómios foram ainda surpreendidos por umas gravações a decorrer ao seu redor, por toda a sorte de pessoas que passeava, com cão ou sem cão, e por alguns bêbados que tendem a eliminar as noites quando as estrelas fazem gazeta. Contudo, permaneceram fiéis às ordens que lhe foram dadas.

Quando procuramos alcançar a condução em liberdade com duas mãos direccionais sempre somos confrontados com problemas cinestésicos por parte dos alunos que, por uma razão ou outra, acabam por perder a percepção do movimento, induzindo com isso os seus cães ao vício e ao erro. Acresce ao problema o facto de se investir pouco na expressão cultural em Portugal, arte que até há pouco tempo, mercê de manifesta ignorância era vista por alguns como andrógina e por isso mesmo desaconselhada, não obstante as posturas e expressões culturais terem um importantes papel na comunicação interespécies, sendo por isso de certo modo linguagem universal. Na foto abaixo, os dois condutores foram flagrados em manifesto erro, o primeiro a dar a indicação do movimento de “à frente” com a mão errada e o segundo a deixar o cão esquivar-se para o lado esquerdo. As imperfeições detectadas apenas apontam numa direcção – na necessidade do treino.

Se a noite de sexta-feira serviu de testemunho ao progresso do Schwartz e de confirmação da categoria do Doc (que ainda tem muito mais para dar), ela prestou-se também à evolução, agora galopante, do Boxer Balzac, que executou pela primeira vez e ao longo do Círculo de 6m o “à frente” em liberdade, progresso notável para um cão que ainda recentemente claudicava de um dos membros ao andar. Cabe agora ao Cláudio a difícil tarefa de equilibrar a regra com a recompensa, período transitório que convém ser resolvido satisfatoriamente considerando as possíveis  futuras implicações.

Sexta-feira foi uma noite de vitórias que foi bem aproveitada pela sociedade SCHWARTZ, DOC & BALZAC LDA, que o digam o José Maria, o José António e o Cláudio. Com o Paulinho recolhido aos seus aposentos para evitar males maiores, a reportagem fotográfica esteve a cargo da Matilde, muito embora tenha cabido ao dono do CPA Bohr optimizá-la.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

RAFEIROS E DESIGN DOGS: OS PREFERIDOS DOS CANADIANOS

 

Desenganem-se os que pensavam ter sido o Buldogue Francês o cão mais popular no Canadá em 2023. De um modo geral, a procura dos cães encontra-se intrinsecamente ligada às expectativas de quem os pretende adquirir. No Canadá 38% procuraram um cão com uma disposição amigável; 22% procuraram um cão amigável e sociável, 18% desejaram um amigo carinhoso. Por estes dados se pode ver que as escolhas dos canadianos mais assentaram sobre cães de companhia do que sobre os de utilidade, guarda ou desporto (na foto abaixo vemos um Goldendoodle).

O Top 8 das preferências caninas dos canadianos ficou assim ordenado: 1º _ Rafeiros; 2º _ Retriever do Labrador; 3º _ Golden Retriever; 4º _ Goldendoodle (1); 5º _ Pastor Alemão; 6º _ Buldogue Francês; 7º _ Labradoodle (2) e 8º _ Cockapoo (3). O cão na foto seguinte é um Labradoodle.

Duas conclusões de imediato se podem tirar do resultado deste Top: o grosso dos canadianos preferiu a amizade canina em detrimento do seu uso e a sociedade canadiana parece de momento livre de grandes convulsões sociais, porque a existência de conflitos causados por graves assimetrias sociais sempre induz ao aumento da procura de raças próprias para guarda e para a segurança de pessoas e bens. Neste sentido, parece que o Canadá está bem e recomenda-se. O aumento da procura pelos “Doodles” (raças descendentes do Poodle) é própria das sociedades de maior riqueza multirracial e/ou das de maior civismo – porque o Poodle, além de muito inteligente, é pacífico por natureza e ninguém deseja um cão para fazer mal a alguém! O cão presente na foto abaixo trata-se de um Cockapoo.

(1)Cruzamento de Golden Retriever com Poodle; (2) Cruzamento de Retriever do Labrador com Poodle; (3) Cocker Spaniel com Poodle.