terça-feira, 3 de setembro de 2019

TRABALHOS INTRINCADOS

Na prestação de socorro em cenários de calamidade, os cães enfrentam trabalhos intrincados próprios das circunstâncias, que obrigam a diferentes soluções, novos equilíbrios, destreza nas acções e celeridade no resgate, minúcias só alcançáveis pelo rigor do treino. E foi isso que fizemos ontem quanto solicitámos aos cães a progressão em muros com apenas 5 cm de largo e a transposição de obstáculos compostos.
Pela sua dificuldade e pelas melhorias que oferecem nos saltos verticais (melhor curvatura de salto), continuamos a insistir nos saltos de projecção negativa, obstáculos cuja linha de transposição se encontra avançada em relação a seu corpo e que obrigam a uma chamada mais distante.
O salto e o equilíbrio sobre superfícies curvas são exercícios obrigatórios e inerentes ao salvamento de pessoas, especialmente quando o caos se instalou e a ordem das coisas sofreu profunda alteração.
Dando continuidade aos saltos efectuados sobre viaturas de caixa aberta, fizemo-lo desta fez com os taipais fechados, pressupondo o socorro imediato que não espera situações ideais e que luta contra o tempo.
Como uma tábua levantada ou um ferro retorcido podem atravessar-se no caminho de um cão e rasgá-lo, treinámos saltos de precisão sobre as bocas-de-incêndio que fomos encontrando ao longo do nosso trajecto.
A foto seguinte, diga-se de rara beleza, é elucidativa do momento em que os cães executaram o “à frente” e levaram consigo os seus condutores, trabalho de cumplicidade que visa o aprimoramento atlético de homens e cães (binomial).
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha e Tomás/Lexa. Mais uma vez enfrentámos temperaturas elevadas, o que obrigou a paragens constantes, ao refrescar contínuo e à procura de sombras.

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