Na prestação de socorro em
cenários de calamidade, os cães enfrentam trabalhos intrincados próprios das circunstâncias,
que obrigam a diferentes soluções, novos equilíbrios, destreza nas acções e celeridade
no resgate, minúcias só alcançáveis pelo rigor do treino. E foi isso que
fizemos ontem quanto solicitámos aos cães a progressão em muros com apenas 5 cm
de largo e a transposição de obstáculos compostos.
Pela sua dificuldade e
pelas melhorias que oferecem nos saltos verticais (melhor curvatura de salto),
continuamos a insistir nos saltos de projecção negativa, obstáculos cuja linha
de transposição se encontra avançada em relação a seu corpo e que obrigam a uma
chamada mais distante.
O salto e o equilíbrio
sobre superfícies curvas são exercícios obrigatórios e inerentes ao salvamento
de pessoas, especialmente quando o caos se instalou e a ordem das coisas sofreu
profunda alteração.
Dando continuidade aos
saltos efectuados sobre viaturas de caixa aberta, fizemo-lo desta fez com os
taipais fechados, pressupondo o socorro imediato que não espera situações
ideais e que luta contra o tempo.
Como uma tábua levantada
ou um ferro retorcido podem atravessar-se no caminho de um cão e rasgá-lo,
treinámos saltos de precisão sobre as bocas-de-incêndio que fomos encontrando
ao longo do nosso trajecto.
A foto seguinte, diga-se
de rara beleza, é elucidativa do momento em que os cães executaram o “à frente”
e levaram consigo os seus condutores, trabalho de cumplicidade que visa o
aprimoramento atlético de homens e cães (binomial).
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Afonso/Nasha e Tomás/Lexa. Mais uma vez enfrentámos
temperaturas elevadas, o que obrigou a paragens constantes, ao refrescar
contínuo e à procura de sombras.
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