Ontem foi entre nós o “DIA DO FILA DE S. MIGUEL”,
porque o seu número atingiu os 50% dos cães em instrução. Com o BEN a necessitar de
acordar, a LEXA
de se equilibrar e da NASHA
de se aprimorar, o Plano de Aula foi-lhes destinado quase por completo. Na foto
que introduz este texto podemos aquilatar do estado de ânimo da Lexa, assim
como da sua disposição para o trabalhou que enfrentou. Depois de ter sido aprovada
na defesa do dono, foi convidada para defender o carro onde o seu dono se
desloca habitualmente, no carro da família. Na primeira fase do treino fê-lo
debaixo do incentivo do seu condutor e com ele a seu lado, momento a que se
reporta a foto seguinte.
Depois de compreender qual
a sua missão, bem depressa começou a defender a viatura e a resistir à sua
intrusão, primeiro ladrando como advertência e depois rosnando como ameaça. Na
foto abaixo podemos ver a atenção que dispensou à tarefa, onde é visível a sua “cara
de poucos amigos”.
Cadela curiosa e com alta
capacidade de aprendizagem, a Nasha rapidamente aprendeu a defender o carro com
o dono ausente, percorrendo todas as portas e janelas da viatura para evitar
que algum intruso ousasse invadi-la.
Aprovada com distinção no
trabalho para que foi convidada, foi depois incentivada para a defesa do dono,
tarefa que visou o reforço das suas acções policiais e da cumplicidade binomial
tendo em vista o seu uso futuro.
Sempre que foi preciso actuar,
a Nasha fez-se presente, protegendo-se a si e ao dono, não se deixando subornar
e engodar nem permitir que alguém inadvertidamente tocasse no seu condutor.
Todos os convites do intruso foram rechaçados.
Certos da nobreza da
cadela, da sua indesmentível propensão guardiã, do impulso ao conhecimento de
que é portadora e da segurança que põe em tudo o que faz, alternamos as defesas
com as cessações de ataque, para condicionar a Nasha a agir só quando
estritamente necessário – debaixo de ameaça contra si, contra o seu dono e
respectivo património.
Cessado este trabalho, a
Nasha foi descansar para a sombra, foi recompensada e convidada a refrescar-se.
Com o Ben a necessitar de “acordar”, desenvolvemos com ele algumas manobras de
indução defensiva, às quais respondeu de imediato e com denodo.
A foto que se segue
comprova mais uma vez o que acabámos de dizer, porque o seu condutor tem a
trela enrolada na mão direita (por precaução) e o seu corpo é projectado para a
frente, apesar de pesar quase três vezes mais que o cão.
Como entendemos que a
prontidão dos ataques deve ser igual à sua cessação, também o Ben teve que começar
a aprender quem, onde, como, quando e porquê deve proceder à perseguição e
captura de eventuais meliantes.
Porque era imperativo
baptizar o José António, segundo o apego que temos aos nossos rituais
iniciáticos, mandámos o CPA Bohr oficiar a cerimónia. O neófito saiu ileso e o
cão, como de costume, fez o gosto ao dente.
Terminadas as hostilidades,
ambos constituíram binómio, com o José António a acusar mais o calor do que o
CPA de pêlo comprido, o que obviamente se deve à diferente carga horária que
ambos têm no treino.
Vindo com o José Maria, de
quem é filho, o Henrique mostrou-se interessado pelo treino e acabou por
participar nos nossos trabalhos, apesar de só ter 11 anos, denotando equilíbrio
emocional, vontade de aprender e apego aos procedimentos, predicados que lhe
permitiram a conduzir a cadela do pai como este nunca tinha conseguido. A foto
seguinte é esclarecedora – o pequeno condutor não vai à boleia. Parabéns miúdo!
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Henrique/Mel; João/Ben; José António/Ben;
José António/Bohr; José Maria/Mel; Paulo/Bohr e Svetlana/Lexa. A reportagem
fotográfica teve a cargo do José António e do Paulo e o dia aqueceu
desmesuradamente, afectando de sobremaneira os nossos trabalhos.
Para a semana, dizem que
vem para aí um calor dos diabos, é possível que venhamos a trabalhar junto à
orla marítima. Desejamos a todos os nossos leitores um resto de fim-de-semana
agradável, pleno de saúde, paz e alegria.
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