Actualmente, sempre que
saímos com um cão à rua, alguém pergunta: é menino ou menina? Ele morde? Posso
fazer-lhe uma festa? E quando assim é, a coisa não vai mal de todo, porque há
gente que mete a mão nos cães sem pedir autorização ou que os confunde com uma
pia de água benta. Perante tal afluência, abuso e ausência generalizada de bom
senso, não nos resta outra opção do que preparar os cães para a surpresa e para
o importuno. Cientes disso e apostados na sua sociabilização objectiva,
sujeitámos as nossas duas Filas e CPA Blaze a uma sessão de “TOMA LÁ FESTINHAS”,
pondo-os à disposição de quem desejava acariciá-los. Como se depreende, os cães
não foram ouvidos nem achados nesta decisão.
Tudo acabou por correr
bem, os cães aguentaram-se e as pessoas sentiram-se felizes. Tão felizes e
bem-impressionadas que uma delas acabou por conduzir o nosso Pastor Alemão
negro, uma senhora de proveta idade que se queixava de não poder fazer força
com os braços. Apesar das dificuldades que não lhe vimos, quiçá ocultas na
depressão que atinge a 3ª idade, este binómio espontâneo funcionou e o passeio
correu às mil maravilhas, tudo graças ao comportamento do Blaze que já não
estranha situações destas.
E nisto se baseou a nossa
sessão de treino matinal do dia de hoje, onde tudo correu conforme o planeado
(ainda não foi desta que matámos alguma simpática velhinha). Ironia à parte, somos
obrigados a acompanhar o aumento dos conteúdos de ensino com a sociabilização
para diminuir quanto possível as más associações e aumentar o acerto dos cães.
Poderá um cão de guarda servir eventualmente de terapeuta? Porque não?
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